Polícia busca suíço liberado por liminar de Marco Aurélio

PUBLICIDADE

Por Talita Figueiredo e Felipe Recondo
Atualização:

A Interpol procura um suíço naturalizado brasileiro que estava, desde 28 de novembro de 2006, em prisão domiciliar, em apartamento no Leblon, zona sul do Rio. Acusado de lesar quase 20 clientes na Suíça e faturar com o golpe cerca de US$ 80 milhões, Mike Niggli foi beneficiado por uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello. Marco Aurélio afirma não ser o culpado por permitir a fuga de Niggli e diz que a Polícia Federal deveria ter vigiado Niggli para que não deixe o país. "É claro que a domiciliar também é prisão. O que aconteceu é que não houve a vigilância que deveria ter havido", afirmou. No passado, Marco Aurélio concedeu uma liminar ao ex-banqueiro Salvatore Cacciola, ex-dono do Marka, preso agora em Mônaco. No dia da prisão, o ministro disse que novamente concederia a liberdade a Cacciola e defendeu o "direito à fuga". O ministro Marco Aurélio se disse mal compreendido. "O que disse é que é inerente ao homem, diante de uma decisão que entenda errada, não se submeter às condições subumanas das prisões brasileiras", afirmou. Niggli havia sido preso em outubro de 2004 e ficou preso até a decisão do STF.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.