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Polícia cerca conjunto habitacional em Maceió para instalação de base comunitária

Ação, inspirada nas UPPs do Rio, visa conter violência na região do complexo Benedito Bentes

Por Ricardo Rodrigues
Atualização:

MACEIÓ - Cerca de 150 policiais civis, militares e da Força Nacional cercaram na manhã desta quinta-feira, 28, o Conjunto Carminha, para tentar conter a onda de violência na região do complexo residencial Benedito Bentes, na periferia de Maceió. A informação foi confirmada pela Secretaria de Comunicação do Estado, acrescentando que o objetivo da operação é implantar no conjunto uma unidade de Polícia Comunitária, nos mesmos moldes das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) implantadas nos morros do Rio de Janeiro.

 

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De acordo com informações oficiais, será imposta aos moradores da região do Carminha uma espécie de toque de recolher, principalmente para restringir a movimentação dos menores de idade. Além disso, a ordem das autoridades de segurança é prender os traficantes responsáveis pela morte de uma moradora do conjunto, que antes de morrer foi torturada e teve a cabeça decepada. O crime ocorreu no último final de semana e deixou os moradores chocados com tamanha violência.

 

É grande a movimentação de policiais fortemente armados circulando pelas ruas do conjunto. Dezenas de viaturas circulam pela região, além de helicópteros sobrevoando a área e dando cobertura aos policiais que participam da operação, que deve durar pelo menos até o final da manhã. O governo do Estado promete divulgar uma nota com as informações oficiais acerca da operação, que conta com o apoio da população, mas ainda provoca desconfiança em alguns moradores. Eles temem que a violência recrudesça depois que a polícia for embora.

 

O Carminha deve ser o segundo conjunto do complexo residencial Benedito Bentes a receber uma unidade de Policia Comunitária. A primeira base desse projeto, que conta com o apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, foi implantada no Conjunto Selma Bandeira, que também apresentava um histórico de violência preocupante. Com a implantação da base, no ano passado, a violência diminuiu no conjunto e os moradores do Selma Bandeira passaram a confiar mais nos policiais.

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