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Polícia de MG conclui que jovens inventaram estupro coletivo

Segundo delegado, adolescentes disseram que foram abusadas por 24 homens em uma festa para incriminar gangue rival

Por Rene Moreira
Atualização:
Delegado disse que garotas desmentiram versão de estupro Foto: Reprodução

FRANCA - A Polícia Civil de Minas Gerais informou nesta segunda-feira, 27, ter solucionado o caso de um suposto estupro coletivo envolvendo duas adolescentes em Machado, no sul do Estado, na semana passada. Segundo o que foi apurado pela corporação, elas teriam inventado a história de que foram abusadas por vários homens - após ficarem três dias fora de casa - para incriminar jovens de uma gangue da cidade.

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As garotas teriam colegas em outro grupo rival, motivo que as levou a criar a história. De acordo o delegado responsável pelo caso, Juliano Lago, primeiro as adolescentes contaram que haviam sido estupradas por 24 homens durante uma festa.

Ao fazer buscas atrás de um envolvido, houve tiroteio e o suspeito fugiu. Porém, seis adolescentes foram apreendidos e deram outra versão. Alegaram que uma das garotas se relacionou com três deles, mas por vontade própria. Exames, cujos resultados saíram nesta segunda, confirmaram sinais de relação recente em uma delas, mas sem qualquer indício de lesões.

Mudança. Diante dos depoimentos, o delegado resolveu, então, ouvir de novo as garotas. "Elas acabaram por confessar que o estupro coletivo era uma mentira”, falou Juliano Lago.

Ele disse ainda que a polícia já vem investigando a ação das gangues citadas na história das adolescentes. E que esses grupos estariam envolvidos em homicídios e tráfico de drogas na região.

Crime. As mães das envolvidas alegaram que também foram vítimas da farsa das filhas, que responderão pelo crime análogo à denunciação caluniosa, previsto no artigo 339 do Código Penal. Elas também serão encaminhadas pelo Conselho Tutelar para tratamento psicológico.

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