Polícia Civil pede à Justiça mais prazo para concluir inquérito sobre barragem

Investigação é sobre os crimes ambientais ocorridos no rompimento de Fundão, da Samarco, em Mariana

PUBLICIDADE

Por Leonardo Augusto
Atualização:

BELO HORIZONTE - A Polícia Civil de Minas Gerais enviou nesta terça-feira, 22, pedido à Justiça em Mariana para prorrogação do prazo para conclusão do inquérito que apura os crimes ambientais ocorridos no rompimento da barragem da Samarco em Mariana. A solicitação foi enviada à juíza Marcela Oliveira Decat de Moura, da comarca do município. Os rejeitos que vazaram da represa obstruiu nascentes d'água, destruiu matas e contaminou o Rio Doce.

PUBLICIDADE

Em outro inquérito, que apurou a morte das 19 pessoas vítimas da tragédia, o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Bustamente, pediu o indiciamento por homicídio e a prisão do presidente da Samarco à época do rompimento da barragem, Ricardo Vescovi, do diretor de operações, Kleber Terra, do gerente geral de projetos, Germano Silva Lopes, do gerente de operações, Wagner Milagres Alves, do coordenador técnico de planejamento e monitoramento, Wanderson Silvério Silva, e da gerente de geotecnia e hidrogeologia e coordenadora de operações, Daviely Rodrigues da Silva, além do engenheiro responsável pela declaração de estabilidade da barragem, Samuel Santana Paes Loures, da empresa Vogbr. No caso da Samarco, todos os funcionários se afastaram dos cargos.

O indiciamento, com dolo eventual (quando não há intenção de matar, mas assume-se o risco) foi por 19 homicídios (pena de reclusão de 12 a 30 anos por morte), inundação (três a seis anos) e poluição de água potável (dois a cinco anos). No caso do indiciamento por homicídios e o pedido de prisão, a decisão será da Justiça federal, conforme pedido feito pela procuradoria geral de Justiça de Minas Gerais. Em nota, a Polícia Civil afirma que caberá ao Judiciário definir em qual esfera da Justiça o pedido será avaliado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.