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Polícia pericia supermercado incendiado em Florianópolis

O incêndio matou uma pessoa e deixou 30 feridos, sendo quatro em estado grave

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia realiza nesta sexta-feira, 27, perícia técnica para esclarecer incêndio criminoso que destruiu na tarde de quinta-feira, 26, o supermercado Rosa, na praia de Ingleses, em Florianópolis. O objetivo é elucidar detalhes da ocorrência e das condições de segurança do estabelecimento. O incêndio deixou 30 feridos, sendo quatro em estado grave, e causou a morte do autor do atentado. De acordo com testemunhas, Leandro Pacífico de Souza, 19 anos, seria funcionário do supermercado e teria decidido destruir o estabelecimento comercial como represália por ter sido dispensado. A empresa ainda não confirmou a informação. Leandro invadiu o supermercado pouco depois das 14h, armado com revólver calibre 38. Enquanto ameaçava funcionários e clientes, ele pôs fogo na seção de álcool e produtos inflamáveis, provocando explosões que imediatamente tomaram conta da loja. Seu corpo foi encontrado carbonizado. No entanto, ainda não foi confirmado se se ele morreu em conseqüência das queimaduras ou se teria antes se suicidado com a arma, que foi achada ao lado dele. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros da Grande Florianópolis, major Evandro Carlos Gevaerd, a principal dificuldade enfrentada pelos soldados foi a extrema rapidez com que o fogo se propagou. "Houve explosões na área próxima à entrada, e algumas pessoas não tiveram como sair". Na pressa de escapar, clientes e funcionários seguiram para o piso superior. "Como a laje já começava a ruir, muitos saltaram do segundo andar para a calçada". Surpreendentemente, ninguém sofreu queimaduras na pele. As quatro vítimas graves tiveram intoxicação e lesões nas vias aéreas superiores por inalação de fumaça e estão em unidades de tratamento intensivo (UTI). Elisandro Dias Oliveira, de 30 anos, André Penna, 35 anos, Paulo Roberto Reis, 26 anos e Vilson Silva Santos, 24 anos, segundo o pneumologista Roberto Hess de Souza, apresentam quadro de injúria pulmonar aguda e são mantidas em ventilação mecânica. Outras 18 pessoas, com fraturas e ferimentos leves, permanecem em observação.

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