Polícia prende suspeito de entrar em grupo de caronas para assassinar jovem

Outros dois suspeitos de participação no crime também estão presos; o corpo de Kelly Cristina Cadamuro foi encontrado nesta quinta-feira

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - A polícia de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, anunciou nesta sexta-feira, 3, a prisão de um homem acusado de entrar num grupo de caronas por aplicativo para assassinar a jovem Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, encontrada morta depois de combinar pelo WhatsApp uma viagem a Minas Gerais. Outros dois suspeitos de participação no crime também estão presos. O corpo de Kelly foi encontrado seminu, com as mãos amarradas e marcas de estrangulamento, na quinta-feira, 2, à margem de um córrego, entre as cidades mineiras de Frutal e Itabagipe. Ela estava desaparecida desde a noite anterior. 

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Conforme a polícia, Jonathan Pereira do Prado confessou ter entrado no grupo de caronas com a intenção de roubar a jovem. Ele estava foragido de uma unidade prisional desde março deste ano. Outro suspeito, Luis Cunha, teria ajudado matar a jovem e o terceiro, Daniel Teodoro da Silva, comprou o celular e outros objetos roubados dela. Os três foram presos durante a madrugada, em bairros distintos de São José do Rio Preto, e já tinham passagens por roubos. Eles foram levados para a delegacia da Polícia Civil em Frutal, onde seguem as investigações.

Corpo da jovem paulista, que desapareceu quando participava de um grupo de caronas por meio do aplicativo Whatsapp, foi encontrado próximo da cidade de Frutal, no Triângulo Mineiro Foto: Kelly Cadamuro/ Facebook

Kelly iria para Itabagipe, na quinta-feira, visitar o namorado, o engenheiro civil Marco Antonio da Silva, de 28 anos, e postou a viagem no grupo. Segundo a família, ela havia feito isso muitas vezes e nunca tivera problemas. Um casal se ofereceu para dividir as despesas como carona, mas no lugar combinado, apenas Jonathan teria se apresentado. A jovem fez o último contato com os familiares quando abastecia o carro, num posto da rodovia BR-153. Ela não chegou ao destino e a polícia foi comunicada. O carro foi achado sem as rodas numa estrada rural de Mirassol, vizinha a Rio Preto.

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Depois de não receber notícias de Kelly, o engenheiro saiu à procura dela junto com a polícia. Foi ele quem encontrou a calça da jovem, próximo do local em que o corpo, seminu, foi achado pelos policiais.

De acordo com a Polícia Militar, as imagens das câmeras de um pedágio na divisa de São Paulo com Minas foram decisivas para a prisão dos suspeitos. As câmeras registraram Kelly passando com o carona em direção à cidade mineira e, algum tempo depois, o carro em sentido contrário com um homem ao volante. Nas imagens, segundo a PM, é possível identificar Jonathan dirigindo o veículo, após o crime. O corpo de Kelly passou por perícia no Instituto Médico Legal (IML) de Frutal e era velado, na manhã desta sexta, em Guapiaçu, onde mora sua família.

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