'Precisamos investir no setor produtivo para gerar empregos'

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Por Redação
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ENTREVISTANeudo Campos, candidato pelo PPRoraima tem o menor PIB do País e a economia mais atrelada ao poder público. Como fugir da economia do contracheque? Haverá aumento de impostos?A única saída para Roraima é produzir alimentos. Temos mercados importantes como Manaus, Venezuela e a Guiana. Vamos oferecer incentivo aos nossos produtores para gerar renda no campo e empregos na cidade organizando o sistema produtivo. Pretendo reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos itens que compõem a cesta básica, de 17% para 2%.Qual será a principal estratégia do seu governo? O setor produtivo, com foco na geração de emprego e renda. Vamos fazer uma revolução na economia. É preciso implementar de fato a Área de Livre Comércio (ALC) de Boa Vista e Bonfim e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), que oferecem quase os mesmos benefícios da Zona Franca de Manaus, mas que ainda são desconhecidas por falta de disposição do Estado. A apatia do governo para os investidores significa que eles não consideram confiável colocar dinheiro onde acham que o governo não está nem aí.Como o senhor pretende aliar desenvolvimento com preservação ambiental? Qual o projeto para frear o desmatamento e as queimadas?A discussão no Brasil e no mundo é o limite entre o desenvolvimento e a preservação e é nesse limiar que vamos trabalhar. O foco é o desenvolvimento sustentável. O aproveitamento das áreas degradadas que podem ser produtivas é uma das ações. O seu governo vai intensificar políticas para a educação, saúde, segurança ou outro setor básico, como moradias populares?Roraima regrediu nestas áreas. Vamos reimplantar a escola em tempo integral, interiorizar a Universidade Estadual de Roraima com cursos voltados para a vocação de cada município e fortalecer a pós-graduação. Quando deixei o governo, estávamos em 14.º lugar na avaliação no Sistema de Avaliação do Ensino Básico (Saeb). Hoje ocupamos o último lugar no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No primeiro ano, vamos trabalhar para estruturar o setor, porque ninguém faz boa educação com professores que foram insultados - eles fizeram duas greves. Quando eu era governador, o gasto com educação era de cerca de R$ 1 mil por aluno. Hoje é de R$ 5 mil e o número de alunos caiu de 115 mil para 85 mil. Vamos regionalizar a saúde, construir hospitais e unidades de pronto-atendimento. Nos quatro anos, vou construir 8 mil casas para famílias de baixa renda e 2 mil para servidores públicos. O apoio aos candidatos presidenciáveis, em segundo turno, será importante em que sentido? A senadora Ângela Portela está em contato com a campanha da Dilma para ver o que vai fazer em relação à nossa campanha. Eu tenho pedido votos para ela.

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