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Prefeitura embargou hotel depois de receber ofício da Aeronáutica

Por Alexssander Soares e Rodrigo Brancatelli
Atualização:

A Secretaria Municipal de Habitação declarou nulo o alvará da obra do flat construído pelo empresário Oscar Maroni depois de receber um ofício do chefe do Estado-Maior do 4º Comando Aéreo Regional (Comar), Antônio Takuo Tani. O documento da Aeronáutica foi encaminhado em 26 de julho. O despacho do secretário Orlando de Almeida Filho saiu no dia seguinte no Diário Oficial da Cidade. O Oscar?s Hotel foi embargado com a justificativa de que Maroni obteve autorização para construção do hotel sem especificar o uso da edificação ao 4º Comar. A publicação encerrou uma polêmica que começou com um ofício do próprio 4º Comar, assinado pelo então chefe Eurico Rogério Bueno Lycarião, que autorizava a construção de um edifício de 47,5 metros de altura. Maroni solicitara uma segunda análise à Aeronáutica porque, em dezembro de 1999, teve o pedido para construção de um flat residencial indeferido - também por Lycarião. O secretário embargou a obra alegando que o hotel interferia no pouso de aviões no Aeroporto de Congonhas. O hotel fica a 600 metros da cabeceira da pista. Segundo oficiais da Aeronáutica, o Oscar?s Hotel não interfere no ângulo de pousos e decolagens. Isso porque os aviões passam 30 metros acima do edifício. "Quando estamos decolando, olhamos para a frente, e não para baixo", concorda um piloto. Para o diretor do Sindicato dos Aeronautas Carlos Camacho, aparentemente a estrutura não oferece perigo aos aviões. "O problema é que a Prefeitura pode ter autorizado uma obra irregular."

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