Presídio de rebelião em Goiás passará por vistoria na manhã desta quarta

Presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, havia determinado inspeção urgente; motim deixou nove mortos e 105 continuam foragidos

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Por Felipe Frazão
Atualização:
Rebelião na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiás Foto: Claudio Reis/O Popular /

BRASÍLIA - Por determinação da ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia passará por vistoria na manhã desta quarta-feira, 3. A visita foi agendada para as 8h30 pelo presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, desembargador Gilberto Marques Filho, e o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Ricardo Balestreri.

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Segunda o Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), o complexo passou por “revista padrão” em outubro de 2017. Após o motim entre facções rivais na segunda-feira, 2, no entanto, foram encontradas três armas de fogo (duas pistolas 9mm e um revólver 38), além de uma série de facões improvisados.

+++ Crise persiste nas penitenciárias, com avanço das facções e violência nas ruas

O confronto entre alas do presídio deixou nove mortos, entre eles dois decapitados. Os corpos foram incendiados, assim como parte das instalações. Houve 14 feridos. A rebelião ocorreu na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto. A secretaria disse que 105 detentos continuam foragidos.

Em ofício ao desembargador, Cármen havia concedido prazo de 48h para envio de informações sobre o presídio e as providências tomadas pelas autoridades do Judiciário e do Executivo em face da rebelião e dos assassinatos.

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