Presos tentam assassinar diretor de Alcaçuz durante motim
Ivo Freire havia se deslocado para uma das guaritas da unidade durante a rebelião; tiro passou próximo a sua cabeça, atingiu parede e deixou ferimentos leves
Por Marco Antônio Carvalho
Atualização:
NÍSIA FLORESTA - Detentos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal, tentaram matar na manhã desta quinta-feira, 19, o diretor da unidade, Ivo Freire. Ele havia se deslocado para uma das guaritas da cadeia durante o início do novo motim dos presos. No local, um tiro atingiu a parede, passando próximo a sua cabeça, e deixando ferimentos leves, segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários. Ele foi atendido e passa bem.
Detentos fazem batalha campal na Penitenciária de Alcaçuz, no RN
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Guerra entre facções em Nísia Floresta
Detentos usaram plástico, madeira e outros objetos paramontar barricadas e atacar presos de facções rivais Foto: Andressa Anholete/AFP
Guerra entre facções em Nísia Floresta
Os detentos usaram vários objetos e improvisaram lanças e armas Foto: Josemar Gonçalves/Reuters
Guerra entre facções em Nísia Floresta
Do lado de fora da penitenciária, policiaisfizeram disparos com balas de borracha e lançaram bombas de efeito moralpara tentar impedir a aproximação d... Foto: Andressa Anholete/AFPMais
Guerra entre facções em Nísia Floresta
Policiais militares reagiram e fizeram disparos com armas não letais para tentar conter o confronto entre os presos Foto: Marco Antônio Carvalho/Estadão
Briga entre facções em Nísia Floresta
As primeiras informações indicam que presos do Primeiro Comando da Capitalavançam sobre detentos do Sindicato do Crime RN Foto: Andressa Anholete/AFP
Guerra entre facções em Nísia Floresta
PM atirou várias bombas de efeito moral para tentar conter o confronto Foto: Josemar Gonçalves/Reuters
Guerra entre facções em Nísia Floresta
Uma grande quantidade de tiros pôde ser ouvida na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal Foto: Andressa Anholete/AFP
Guerra entre facções em Nísia Floresta
Alguns dos detentos colocaram camisetas na cabeça para esconder o rosto Foto: Josemar Gonçalves/Reuters
Guerra entre facções em Nísia Floresta
Desde o massacre, a Penitenciária Estadual de Alcaçuz está tomada pelos detentos, que caminham livremente no pátio - as celas foram destruídas Foto: Josemar Gonçalves/Reuters
Guerra entre facções em Nísia Floresta
A Penitenciária Estadual de Alcaçuz é a maior do Rio Grande do Norte Foto: Josemar Gonçalves/Reuters
Guerra entre facções em Nísia Floresta
Detentos hastearam bandeiras durante a batalha campal na Penitenciária de Alcaçuz Foto: Marco Antônio Carvalho/Estadão
Guerra entre facções em Nísia Floresta
Na tentativa de evitar fugas, a Força Nacional realiza rondas em volta de Alcaçuz Foto: Andressa Anholete/AFP
Guerra entre facções em Nísia Floresta
Este confronto aconteceu seis dias após o fim do massacre na penitenciária que terminou com 26 mortos Foto: Josemar Gonçalves/Reuters
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A guerra entre facções criminosas entrou no sexto dia nesta quinta-feira. Detentos voltaram ao teto de pavilhões de Alcaçuz, ocuparam a área externa da prisão com bandeiras de facções criminosas e fizeram uma batalha campal, usando plástico, madeira e outros objetos para montar barricadas e atacar os rivais.
Policiais fizeram disparos com balas de borracha e lançaram bombas de efeito moral para tentar impedir a aproximação dos dois grupos, que estavam separados apenas pelos obstáculos montados pelos presos. No fim de semana, 26 detentos do Sindicato do Crime do RN (SDC) foram mortos por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) em mais um capítulo do confronto.
A nova rebelião aconteceu no dia seguinte à retirada de 220 internos ligados ao SDC do local. O governo do Estado remanejou presos entre três unidades visando a acalmar a situação em Alcaçuz. A Justiça, porém, determinou que parte da operação fosse desfeita. A Vara de Execuções Penais de Nísia Floresta, cidade onde está situado o presídio, entendeu que presos foram retirados "à revelia" e estariam "correndo sério risco de morte, em especial porque a rebelião não foi controlada".
Em nota, o Tribunal de Justiça potiguar informou que "neste momento de desconfiança entre os presos, não há possibilidade de saber quem são os presos do Sindicato do Crime". "Só os do PCC estão se declarando como integrantes desta facção."
Veja imagens do interior do presídio de Alcaçuz
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Penitenciária de Alcaçuz (RN)
Corredor da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal Foto: Divulgação
Penitenciária de Alcaçuz (RN)
Uma das celas da Penitenciária Estadual de Alcaçuz Foto: Divulgação
Penitenciária de Alcaçuz (RN)
Mais detalhes da cela Foto: Divulgação
Penitenciária de Alcaçuz (RN)
A Penitenciária Estadual de Alcaçuz é a maior do Rio Grande do Norte Foto: Divulgação
Penitenciária de Alcaçuz (RN)
Área externa do presídio Foto: Divulgação
Penitenciária de Alcaçuz (RN)
Alcaçuz se localiza na cidade de Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal, a cerca de 25 quilômetros da capital potiguar Foto: Divulgação
Penitenciária de Alcaçuz (RN)
Corredor de celas da penitenciária Foto: Divulgação
Penitenciária de Alcaçuz (RN)
Sala de aula do presídio Foto: Divulgação
Penitenciária de Alcaçuz (RN)
Cozinha onde os funcionários do presídio preparam refeições para os detentos Foto: Divulgação
Penitenciária de Alcaçuz (RN)
Preparo de refeição para os detentos Foto: Divulgação
Penitenciária de Alcaçuz (RN)
Sanitário de uma das celas Foto: Divulgação
Penitenciária de Alcaçuz (RN)
Grades que separam ala do presídio Foto: Divulgação
Penitenciária de Alcaçuz (RN)
Área reservada apenas a funcionários da cadeia Foto: Divulgação
Penitenciária de Alcaçuz (RN)
O massacre de 14 de janeiro de 2017 foi a maior matança registrada na Penitenciária Estadual de Alcaçuz Foto: Divulgação
A decisão de interromper a operação montada pelo Estado foi tomada pela juíza Nivalda Torquato, que considerou ainda uma decisão de 2015 que interditou Alcaçuz para novos presos. "Somente por meio de documento oficial e em condições de normalidade é que se pode permutar presos", informou a magistrada.