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Promotoria apreende 64 caça-níqueis em Londrina

Investigações mostram que equipamentos vieram ilegalmente de Assis, em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

A Promotoria de Investigações Criminais (PIC), de Londrina, no norte do Paraná, por meio do Grupo de Repressão ao Crime Organizado, fez a apreensão de 64 máquinas caça-níqueis, que estavam em um barracão na região central da cidade, nesta quinta-feira, 19. Escutas telefônicas obtidas com autorização judicial pela Polícia Federal, durante investigações da Operação Hurricane (furacão, em inglês) apontam para a existência de um esquema de corrupção que envolve a máfia dos jogos ilegais, policiais, advogados e juízes. O objetivo da quadrilha seria burlar a lei e conseguir liminares autorizando a operação de bingos e casas de caça-níqueis. De acordo com o delegado Alan Henrique Flore, três pessoas que trabalhavam no barracão e disseram não saber quem é o proprietário assinaram termo circunstanciado e vão responder pela contravenção penal. As investigações continuam para saber quem é o dono das máquinas. Segundo o delegado, a apreensão é parte de um trabalho realizado há mais de um ano e meio, quando foram fechados os dois bingos que funcionavam na cidade, amparados em liminares judiciais. Naquela época, foram apreendidas aproximadamente 250 máquinas. "Mas essa é uma febre e vem sendo combatida", disse Flore. A suspeita é que os caça-níqueis encontrados ontem, depois de uma denúncia anônima, sejam do ex-proprietário de um dos bingos. O delegado afirmou que as máquinas que estavam no barracão vieram de Assis, em São Paulo. Segundo ele, os caça-níqueis foram apreendidos pela polícia do interior paulista. Depois de retiradas as placas eletrônicas, os gabinetes foram entregues a uma pessoa que ficou como fiel depositário e assinou termo de não permitir que saíssem da cidade e nem fossem reutilizados. "Aparentemente, isso foi violado pelo depositário", disse. Os gabinetes foram levados a Londrina e novas placas foram inseridas. "Há sinais de que os lacres foram retirados", acentuou Flore. Segundo ele, o depositário de Assis também responderá por contravenção penal. O delegado ainda comunicará a Justiça da cidade paulista sobre a retirada indevida das máquinas.

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