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Protesto diante da ONU pede respostas à morte de Marielle

Em português, inglês e francês, manifestantes se alternaram para ler a declaração que cerca de cem entidades fizeram durante o Conselho de Direitos Humanos da ONU

Por Jamil Chade
Atualização:
Marielle Franco foi assassinada em 14 de março de 2018 no Rio e o caso gerou comoção e protestosao redor do mundo Foto: Jamil Chade/Estadão

GENEBRA - Cerca de 150 pessoas se reuniram nesta sexta-feira, 23, diante da sede da ONU em Genebra para pedir respostas diante do assassinato de Marielle Franco, vereadora carioca do PSOL.

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Com cartazes denunciando a violência no Brasil, grupos brasileiros e estrangeiros exigiam a realização de investigações independentes sobre o caso e que os responsáveis sejam levados à Justiça. Em português, inglês e francês, oradores se alternaram para ler a declaração que cerca de cem entidades fizeram durante o Conselho de Direitos Humanos da ONU, na última terça-feira. 

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Mariana Tavares, estudante brasileira que organizou o evento, ainda contou com a colaboração de sindicatos suíços. “Muitos que falam a verdade ao poder no Brasil sofrem violência e estigmatização sem precedentes“, afirmou. 

A pressão sobre o governo brasileiro, porém, deve se intensificar nos próximos dias. Relatores da ONU querem respostas oficiais por parte de Brasilia e, na próxima semana, podem emitir novos comunicados denunciando o País. 

Para 2018, porém, o governo brasileiro não irá receber relatores de direitos humanos da entidade. Dois deles - Michel Forst e Phillip Alston - receberam indicações que apenas serão recebidos no Brasil em 2019, depois das eleições presidenciais. Um terceiro teve sua visita cancelada. 

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