Rebeliões no Ceará deixam ao menos cinco mortos

Revolta começou na manhã de anteontem, após familiares serem impedidos de visitar os presos

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Por Redação
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FORTALEZA - A onda de rebeliões registrada em seis unidades prisionais no Ceará deixou ao menos cinco mortos, além de feridos. A revolta começou na manhã de anteontem, após familiares serem impedidos de visitar os presos. A direção das unidades havia suspendido as visitas, sob alegação de falta de segurança, por causa da greve de agentes penitenciários.

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Mulheres de presos bloquearam vias nas proximidades do Complexo Penal em Itaitinga e do Presídio Carrapicho, em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza. Nas Casas de Privação Provisória de Liberdade (CPPLs) 1, 2, 3 e 4, os detentos atearam fogos em colchões, quebraram equipamentos e brigaram entre si. A desordem também afetou o presídio feminino em Aquiraz.

Cenas de violência foram filmadas e compartilhadas pelos próprios presos. Fotos de dois mortos nas CPPLs foram espalhadas pelo WhatsApp. Uma delas mostra um corpo carbonizado; a outra, um homem bastante ensanguentado. O balanço do prejuízo ainda era feito ontem pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Ceará.

Fontes ligadas à Perícia Forence informaram que houve, pelo menos, oito mortos. A Sejus confirmou cinco: duas no Complexo de Itaitinga e outras três, no Presídio Carrapicho.

A onda de revolta só parou na noite de sábado, após os agentes penitenciários aceitarem a contraposta de reajuste e suspender a greve. O Ministério Público Estadual do Ceará vai abrir investigação para apurar a responsabilidade pelos atos.

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