Rincón ganha habeas-corpus e espera extradição em liberdade

Como condição, ex-jogador terá que entregar seu passaporte ao STF e atender todos os chamados judiciais

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Por Felipe Recondo
Atualização:

Freddy Rincón, ex-jogador colombiano preso em maio pela Interpol, conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas-corpus para aguardar em liberdade a conclusão do processo de extradição. Rincón é acusado de associação ao tráfico de drogas e foi preso a pedido do governo do Paraná, onde teria cometido o crime.   O ex-jogador, que passou pelo Palmeiras, Santos e Corinthians, se declara inocente. Desde então, Rincón tentava no STF o relaxamento da prisão. Na análise inicial, a presidente do STF, ministra Ellen Gracie, indeferiu o pedido de liminar.   Desta vez, o ministro Gilmar Mendes, que relatou o pedido, decidiu relaxar a prisão, desde que Rincón entregue seu passaporte ao Supremo, permaneça em São Paulo e atenda a todos os chamados das autoridades judiciais.   Dos oito ministros que estavam na sessão, seis aprovaram o relaxamento da prisão preventiva. Como argumento para a liberação de Rincón, os ministros disseram que o ex-jogador não oferece risco à instrução do processo e mora em São Paulo há 13 anos.   Caso Rincón   No dia 30 de maio, um promotor Antidrogas do Panamá pediu a prisão de Rincón, por ligação com lavagem de dinheiro vinculada a um traficante de seu país. Rincón está sendo vinculado às operações do cartel de seu compatriota Pablo Rayo Montaño, desmantelado no mesmo mês em uma operação internacional que envolveu dez países.   O ex-jogador assegurou à imprensa panamenha não ter qualquer relação com atividades de narcotráfico ou lavagem de dinheiro, embora admitiu ter investido na empresa Nautipesca, confiscada no Panamá como parte da operação internacional contra Montaño, mas assegurou que tem todos os documentos para demonstrar que seu dinheiro foi apenas um empréstimo e não tem qualquer vínculo com o traficante.   Rayo Montaño foi preso em São Paulo, durante uma operação contra seu cartel realizada em uma dezena de países no dia 16 de maio, em ações combinadas do Departamento Americano Antidrogas (DEA) com autoridades dessas Nações. Além dele, foram presos outros 44 suspeitos.

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