GOIÂNIA - A Superintendência da Polícia Federal em Goiânia foi alvo de um ataque no final da noite desta terça-feira, 19. Tiros de arma de grosso calibre atingiram as vidraças do prédio, situado na Avenida Edmundo Pinheiro de Abreu, movimentada avenida do Setor Bela Vista, na região sul de Goiânia Dois tiros perfuraram os vidros. Na recepção da PF, havia agentes de plantão na hora, mas ninguém ficou ferido.
Uma perfuração a bala em uma grade do Parque Areião, em frente à PF, indica que o local também deve ter sido atingido, mas a perícia ainda precisa confirmar se o sinal é recente ou não.
Houve agitação entre os policiais, por causa do receio de invasão do prédio, que tem uma carceragem.
A superintendência não prestou declarações ainda. Apenas divulgou uma nota em que informa que foi instaurado na manhã desta quarta-feira, 20, inquérito policial para apurar as circunstâncias e os responsáveis pelo ato.
A instituição afirmou que "repudia veementemente esse crime que afronta o Estado Democrático de Direito". A nota reafirmou "o comprometimento da PF com o combate ao crime organizado".
Na nota, não há referências às imagens de segurança da entrada da sede, mas há informações sobre um carro branco passando na avenida no instante em que os disparos foram efetuados. Também será considerada a hipótese de que o atirador - ou atiradores - estivesse escondido no parque e foragido após efetuar os tiros.
A região onde fica a superintendência é cheia de prédios residenciais e quase em frente ao Estádio da Serrinha, pertencente ao Goiás Esporte Clube. Várias edificações da região possuem circuitos de monitoramento de imagem que cobrem a avenida.
Operação. Não foi feita ligação entre os fatos, mas o atentado aconteceu no final do mesmo dia em que 150 agentes da corporação atuaram em uma grande operação que desmontou um esquema de fraudes na previdência social.
O esquema favorecia 32 pessoas com aposentadorias por incapacidade, e segundo as investigações, envolvia ex-funcionários da Metrobus, a estatal do ramo de transporte coletivo de Goiânia.
Entre os investigados estão pessoas que trabalham normalmente, mas são advogadas em gozo de auxílio doença ou motorista aposentado por incapacidade que virou taxista, entre outros. Não houve prisões decretadas na operação e, sim, 28 mandados de condução coercitiva e 17 de busca e apreensão na capital e mais seis cidades.