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Serviço de inteligência impediu que rebelião se alastrasse, diz secretário de GO

Segundo Ricardo Balestreri, presos arquitetavam deflagrar, de forma orquestrada, rebeliões em ao menos 20 unidades prisionais

Por MARILIA NOLETO
Atualização:

GOIÂNIA -A rebelião no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, em Goiás, poderia ter se alastrado se não fosse a interceptação do serviço de inteligência do Estado. Presos arquitetavam deflagrar, de forma orquestrada, rebeliões em ao menos 20 unidades prisionais a partir do fim do ano passado. É o que afirmou o secretário de Segurança Pública de Goiás, Ricardo Balestreri.

Balestreri disse que as autoridades tinham “o anúncio da orquestração de em torno de 20 rebeliões em (unidades prisionais de) Goiás. Conseguimos evitar quase todas elas. Tivemos problemas em uma. O que não retira o caráter de gravidade do fenômeno”, declarou. Nove detentos foram mortos e 14 ficaram feridos no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na última segunda-feira, 1º.

O complexo Prisional de Aparecida de Goiânia passou por uma inspeção na última quarta-feira Foto: Aline Caetano-TJGO

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Balestreri diz que o Estado tem sido alvo de uma intensa operação do crime organizado. “O Estado de Goiás foi analisado e designado pela principal organização criminosa do País como Estado geoestrategicamente referencial, seja por sua localização central, que facilita a distribuição de drogas e armas para outras localidades , seja pela sua proximidade com o Distrito Federal, onde, obviamente, o crime organizado tem grandes negócios”.

“O que ocorre hoje nos presídios de todo o Brasil, inclusive em Goiás, é fruto da disputa por mercados (ilícitos)”, disse o secretário. Balestreri reiterou que velhos problemas do sistema prisional, como superlotação, estrutura precária, lentidão na análise de processos de presos e presença de organizações criminosas, são “o maior drama nacional atual”.

O secretário ainda aproveitou para cobrar mais providências do governo federal, fazendo coro ao governador Marconi Perillo (PSDB) nas reivindicações. “Não é querer jogar o abacaxi para o colo de outros, mas a administração do problema, que hoje é fica exclusivamente sob a responsabilidade dos estados, deveria ser compartilhada. Por exemplo, os presos do narcotráfico; do contrabando, deveriam ser presos federais”, defendeu.

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