Sindicato diz que 6 toneladas de lixo se acumulam em SP

Greve na capital já dura dois dias. Líder sindical alerta para risco de enchente

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A greve dos lixeiros e dos varredores, iniciada na madrugada da última sexta-feira, 13, já faz com que o paulistano enfrente acúmulo de lixo e mau cheiro. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco), Moacyr Pereira, o acúmulo de lixo domiciliar em períodos de greve é de 3 mil toneladas ao dia. "Portanto, neste sábado, o acúmulo de lixo já deve passar das seis mil toneladas". Pereira afirma que a categoria "está torcendo para não chover na capital". Se isso ocorrer, o lixo acumulado poderá provocar enchentes em diversos pontos. E destacou: "Não queremos prejudicar a população, mas a greve foi nosso último recurso para garantir as reivindicações que consideramos mínimas para a categoria, como o desjejum. O nosso temor é que se chover e tiver enchente, as autoridades queiram jogar a culpa nos lixeiros e nos varredores, o que não é justo." Segundo o presidente do Siemaco, os bairros mais afetados são os da região central, tais como o Parque Dom Pedro, e outras localidades, como Bom Retiro, Brás, Ipiranga, Jardins, Vila Mariana, Saúde e Vila Clementina. A categoria terá uma audiência de conciliação na segunda-feira, às 14 horas, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), com o sindicato patronal, o Selur (Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana). Os lixeiros e varredores reivindicam aumento salarial de 12%, fornecimento de lanche e protetor solar, e convênio médio gratuito. De acordo com Pereira, o salário dos lixeiros é de R$ 647,00 e o dos varredores, de R$ 544,00.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.