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Sindicato dos Correios de SP decide manter greve

Por FELIPE MAIA
Atualização:

Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em São Paulo decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembléia do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios realizada na Praça da Sé, capital paulista, que teve participação de 1,2 mil pessoas, segundo dados da Polícia Militar. A categoria seguiu a recomendação dada hoje pelo comando geral de negociações para que a paralisação fosse mantida. As negociações entre e a Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Fentect) e a companhia não avançaram hoje. A empresa e o ministro das Comunicações, Hélio Costa, chegaram a oferecer um aumento linear de R$ 10 à toda a categoria a partir de abril do ano que vem, benefício que se somaria aos 3,74% de reajuste imediato, mais aumento linear de R$ 50 em janeiro de 2008 e abono salarial de R$ 400. Entretanto, a nova proposta foi rejeitada pelo comando de greve. Segundo Elias Gino, um dos integrantes da comissão de negociação, quatro dos sete negociadores votaram pela manutenção da greve. A categoria reivindica R$ 200 de aumento real linear, concedido a todos os trabalhadores, além de um reajuste de 47,77%, a título de compensação pelas perdas salariais desde 1994. Diante do impasse, a companhia anunciou que vai entrar amanhã com uma ação contra a greve no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Ontem, os Correios haviam anunciado que adotariam essa medida a partir do meio dia de hoje, entretanto resolveram esperar por uma possível solução para a crise. Agora, a empresa promete entrar na Justiça "de mãos vazias", segundo sua assessoria. Ou seja, vai retirar todas as suas propostas. Hoje, o Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT) chegou a protocolar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) um pedido de liminar para que 70% dos funcionários dos Correios no Estado voltassem ao serviço, sob pena de uma multa diária de R$ 100 mil. Entretanto, o pedido foi negado pelo TRT, que justificou não ser de sua competência julgar a questão, já que a greve ocorre em nível nacional.

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