Surto de sarampo na Bahia deixa São Paulo em alerta

Estado do Nordeste sofre com epidemia da doença; surto é o primeiro em 6 anos

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Por Agencia Estado
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A explosão de casos de sarampo na Bahia - de novembro a janeiro, 40 pessoas foram diagnosticadas com a doença -, aumentou o sinal de alerta entre os médicos de São Paulo. A preocupação dos especialistas é de que, após o Carnaval, os paulistas voltem da Bahia contaminados. O surto baiano é o primeiro no Brasil nos últimos seis anos. A principal recomendação aos turistas que vão viajar para o Estado nordestino é de que sejam vacinados, de preferência, com dez dias de antecedência para dar tempo do organismo criar anticorpos. Quem já teve sarampo ou foi vacinado, mesmo na infância, não precisa de nova imunização. De acordo com Clélia Aranda, coordenadora de Controle de Doenças do Estado, a vacina, gratuita, está disponível em todos os postos de saúde do Estado, além dos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e rodoviárias paulistas. Na capital, as 404 Unidades Básicas de Saúde aplicam a vacina, mesmo sem a apresentação da carteirinha de vacinação. Chamada de tríplice viral, a mesma dose ainda combate a caxumba e a rubéola. ?A partir do momento que a pessoa entra em contato com o doente, duas semanas depois já pode apresentar os sintomas?, explica Clélia. ?Por isso é importante ser imunizado, mesmo aquele que lembrar na última hora que não foi vacinado.? Na Bahia, além dos cerca de 40 casos registrados até o último mês, o Ministério da Saúde investiga o possível contágio de outras 18 pessoas. Já adoeceram por sarampo um jovem de 18 anos e uma criança de 9, as duas não vacinadas contra a doença. Os doentes são moradores de João Dourado, distante 445 km de Salvador. Também foi registrado sarampo na cidade de Irecê, vizinha a João Dourado, em uma criança de 7 meses. Ainda estão sendo avaliados casos em Pindobaçu e em Porto Seguro. O que é preciso saber sobre a doença Alvo : Todos, mas o sarampo atinge principalmente crianças Sintomas: Febre alta, manchas avermelhadas pelo corpo e em alguns casos coceira na pele e irritação no olho Transmissão: Por meio de secreções dos olhos, coriza, nariz e garganta; por contágio direto ou gotas de saliva propagadas por espirros e tosse, além de contato íntimo Tratamento: Com repouso, ingestão de água e se a febre for muito alta, com antitérmicos Prevenção: Com a vacina tríplice viral, que está disponível nos postos de saúde gratuitamente Informações: Central de Vigilância da Secretaria da Saúde, que funciona 24 horas, no telefone 0800-555466 ou no 156 da Prefeitura

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