TAM deve firmar termo de apoio a famílias de vítimas

Além de ajudar nas despesas, a TAM se comprometerá a divulgar todas as informações sobre as investigações

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Por Marcilio Souza
Atualização:

A companhia aérea TAM deverá assinar, na próxima terça-feira, um termo de compromisso com o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Procon, que terá como objetivo atender às necessidades financeiras e psicológicas das famílias das 199 vítimas do acidente com o vôo 3054, em Congonhas, na zona sul de São Paulo, em 17 de julho.   "Temos trabalhado em conjunto e parece que chegamos a um termo final", disse o advogado Luiz Salcedo, pai de Diogo Salcedo, piloto que viajava como passageiro e que morreu na tragédia. Além de prestar o auxílio para cobrir despesas gerais, a TAM se comprometerá a divulgar para as famílias todas as informações sobre as investigações em andamento, inclusive sobre os corpos que ainda não foram identificados. Os parentes das vítimas reuniram-se neste domingo num hotel em São Paulo, para discutir o andamento das investigações e o que será feito daqui para a frente.   De acordo com o médico Maurício Pereira, um dos presentes no encontro, o grupo deve decidir amanhã se irá formar uma associação. "O que a gente tem percebido é a demora (das investigações). Já se passaram dois meses e as informações ainda são poucas", disse ele. "Estamos muito preocupados com o avanço das investigações, com a morosidade que está havendo", reclamou Salcedo, lembrando que somente esta semana o delegado que conduz o inquérito recebeu as informações da caixa-preta do avião. Salcedo destacou que a preocupação principal do grupo, no momento, é o rumo das investigações e não o recebimento imediato de indenizações. "Nós temos instruído as pessoas a não se precipitarem, a não fazerem acordos dos quais venham a se arrepender depois", afirmou o advogado.   "A pessoa deve aguardar com calma para fazer o acordo no momento em que tiver total conhecimento da situação". A TAM já pagou a indenização a uma das famílias, que, segundo fontes da empresa, teria ficado em R$ 600 mil. O advogado disse que o valor é baixo.

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