Taxistas ocupam Esplanada dos Ministérios em manifestação pela regulamentação do Uber 

Proposta, que já foi aprovada pela Câmara, está na pauta do plenário do Senado e pode ser votada ainda nesta terça-feira

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Foto do author Julia Lindner
Por Igor Gadelha e Julia Lindner
Atualização:

BRASÍLIA - Taxistas de todo o Brasil ocupam na manhã desta terça-feira, 31, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em manifestação a favor da aprovação de projeto de lei no Senado que regulamenta aplicativos de transporte privado, como Uber e Cabify. 

Protesto em Brasília.Motorista de táxi ergue cartaz em que defende a regulamentação dos aplicativos de transporte com a frase 'Regulamentar não é probir' Foto: Eraldo Peres/AP

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A proposta, que já foi aprovada pela Câmara, está na pauta do plenário do Senado e pode ser votada ainda nesta terça na Casa.

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Taxistas estacionaram seus carros ao longo do meio fio do gramado central do eixo monumental, onde ficam os prédios dos ministérios em Brasília. Há táxis de várias cidades, entre elas, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Os taxistas estão fora dos carros e ocupam a Esplanada. 

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Alguns trios elétricos foram trazidos pela categoria, a maioria com bandeiras da CSB, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). 

Representantes dos taxistas seguem em direção ao prédio do Senado para acompanhar a votação, que está marcada para a tarde desta terça. As policiais Militar e Legislativa acompanham a manifestação. 

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A proposta O texto que pode ser votado nesta terça traz uma série de exigências a motoristas de aplicativos. Entre elas, obriga que os carros destinados ao transporte de passageiros por aplicativo obtenham autorização prévia das prefeituras, por meio de placas vermelhas. A medida é defendida por taxistas sob a afirmação de que deixaria a concorrência pelos passageiros em igualdade de condições. Quem se posiciona ao lado dos aplicativos, no entanto, afirma que, como essas licenças são limitadas, a exigência burocrática inviabilizaria a prestação do serviço para milhares de motoristas. Outro ponto do texto é que os aplicativos não poderão contratar motoristas que tenham antecedentes criminais relativos a: crimes de trânsito, crimes contra a dignidade sexual, homicídio, lesão corporal grave ou seguida de morte, sequestro e cárcere privado, tráfico de pessoas, roubo e extorsão mediante sequestro e outros crimes "praticados mediante violência contra a pessoa ou grave ameaça". 

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