Atualizada às 21h05
LONDRINA - O motim na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2), no Paraná, terminou na manhã desta quarta-feira, 7, após 25 horas, e deixou oito feridos – um deles gravemente, após ter sido arremessado do alto do prédio por outros detentos. Após o início da rebelião, três presos fugiram e apenas um deles havia sido recapturado até a noite desta quarta. Os líderes do movimento responderão por dano ao patrimônio e tentativa de homicídio.
Líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram apontados como mentores da rebelião na unidade prisional. Segundo o diretor do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR), ligado à Secretaria da Segurança Pública, Luiz Alberto Cartaxo Moura, um delegado será designado para acompanhar o caso, enquanto o setor de inteligência da polícia continua a investigar como as ordens eram repassadas aos detentos.
“Estamos investigando se houve uma falha na fiscalização e de que forma isso aconteceu”, disse o diretor na tarde desta quarta. O PCC tem atuado no Estado desde 1998 e já liderou dezenas de rebeliões desde então.
Cartaxo e o tenente-coronel, José Luiz, do 5.º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela segurança da região, disseram que, apesar da tensão, não houve ordem para a polícia entrar no presídio. “Tivemos um momento mais tenso no começo e depois na madrugada, quando eles tentaram fugir mais uma vez, mas a situação acabou sendo contornada”, afirmou o policial militar.
“Nós adotamos essa prática, de não ceder a exigências de transferências de presos, e se isso fosse pedido, não teríamos negociado”, afirmou Cartaxo. Com capacidade para 1.086 presos, a penitenciária tem hoje 1.150 detentos.