Tiroteio entre policiais e traficantes deixa 4 mortos no Rio

Moradores da Favela do Barbante protestaram contra invasão de policiais e montaram uma barricada; jovem de 18 anos foi atingido de raspão no pé

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Um tiroteio entre policiais e traficantes na Favela do Barbante, em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, terminou com a morte de quatro pessoas no início da tarde deste sábado, 24. Segundo a Polícia Militar, os quatro eram integrantes da cúpula da quadrilha que controla o tráfico de drogas na favela. A operação dos policiais do Regimento de Polícia Montada (RPMont) começou por volta das 13h30, depois que o comando da unidade recebeu a informação de que traficantes desfilavam na comunidade exibindo armas. Na operação, foram apreendidos três revólveres calibre 38, uma pistola 380 e outra 9 milímetros e uma granada defensiva. Também foram apreendidas drogas como crack e cocaína. Os bandidos reagiram à entrada da polícia e o tiroteio durou cerca de 40 minutos. Um dos quatro bandidos mortos foi identificado como Tião, ele seria o chefe do tráfico na favela. Também teria morrido um homem conhecido como Doceiro, que seria o segundo homem da quadrilha. Os outros dois mortos foram identificados apenas como Jean e Tupã e seriam responsáveis pela gerência da boca-de-fumo. Baleados, os quatro foram levados para o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, mas não resistiram aos ferimentos e chegaram mortos à unidade. Um morador da favela, de 18 anos, foi baleado de raspão no pé, mas foi liberado após ter sido medicado no hospital. A polícia não soube informar o nome completo das vítimas. O tiroteio levou moradores da comunidade a iniciar um protesto em um dos acessos à favela. Eles montaram barricadas no asfalto com latas de lixo, pedras e pedaços de madeira em chamas. Do alto da favela, moradores gritavam que uma criança havia sido baleada, mas a informação não foi confirmada pelo comandante do RPMont, coronel Álvaro Garcia. Policiais militares mantiveram o cerco na comunidade após o confronto e contiveram o tumulto. Carros da polícia foram utilizados para fazer a limpeza das ruas próximas à favela.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.