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Toffoli falta a sessão do Supremo para ir a casamento na Itália

Ministro perdeu quatro sessões em junho para ir a festa do Roberto Podval, advogado que atuou no caso Celso Daniel

Por Mariângela Gallucci
Atualização:

O ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), faltou a quatro sessões de julgamento na corte no fim de junho para assistir ao casamento na Itália do advogado Roberto Podval, um dos principais criminalistas do País.No período, Toffoli não participou de pelo menos uma votação importante - na qual o tribunal admitiu a fixação de aviso prévio proporcional ao tempo de serviço do trabalhador em caso de demissão. De acordo com informações do STF, o ministro estava na ocasião "ausente justificadamente". A assessoria de Toffoli disse que ele comunicou a ausência num ofício encaminhado ao presidente do Supremo, Cezar Peluso. Ao contrário dos trabalhadores brasileiros em geral, os ministros do STF têm dois meses de férias por ano, fora feriados e recessos. As férias deles no meio do ano começaram no dia 1.º de julho. Mas a assessoria de Toffoli confirmou que ele saiu antecipadamente de férias e prestigiou o enlace ocorrido em 21 de junho. Despesas. De acordo com reportagem o jornal Folha de S.Paulo, as despesas com a viagem de convidados foram pagas pelo noivo. Toffoli informou por meio de sua assessoria que pagou pelos deslocamentos aéreos. Mas não disse se arcou com as despesas hoteleiras. "Foi uma viagem de caráter estritamente particular e o ministro não vai se pronunciar sobre questões pessoais", justificou a assessoria de Toffoli. Podval atuou como advogado em processos de grande repercussão nacional, como o assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT) e a morte da menina Isabella Nardoni. A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) defendeu o ministro. "O ministro Toffolli como cidadão e ser humano tem todo o direito de cultivar laços de afeto e amizade com as pessoas e merece a nossa solidariedade", afirmou o presidente da Ajufe, Gabriel Wedy.

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