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Três têm alta e número de internados por incêndio na boate Kiss cai para 72

Dos 72 hospitalizados, 21 ainda dependem de ventilação mecânica para respirar; vítimas estão distribuídas em hospitais de quatro cidades

Por Elder Ogliari
Atualização:

PORTO ALEGRE - O número de pacientes internados por causa do incêndio da boate Kiss, de Santa Maria, caiu de 75 para 72 nesta quinta-feira, depois de três deles terem sido liberados pelos hospitais onde estavam. A atualização dos dados foi divulgada na manhã desta quinta-feira, 7, pela Força Nacional do SUS. O número de mortos na tragédia, ocorrida no dia 27, segue em 238.

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Dos 72 pacientes internados, 21 ainda dependem de ventilação mecânica para respirar. Os pacientes estão distribuídos em hospitais de quatro cidades. Quarenta e cinco deles estão em Porto Alegre, 23 em Santa Maria, três em Canoas e um em Caxias do Sul.

Entenda. O incêndio com mais mortes nos últimos 50 anos no Brasil causou comoção nacional e grande repercussão internacional. Em poucos minutos, mais de 230 pessoas - na maioria jovens - morreram na boate Kiss de Santa Maria - cidade universitária de 261 mil habitantes na região central do Rio Grande do Sul.

A tragédia começou às 2h30 do dia 27, um domingo, quando um músico acendeu um sinalizador para dar início ao show pirotécnico da banda Gurizada Fandangueira. No momento, cerca de 2 mil pessoas acompanhavam a festa organizada por estudantes do primeiro ano das faculdades de Tecnologia de Alimentos, Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia, Tecnologia em Agronegócio e Pedagogia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A maioria das vítimas, porém, não foi atingida pelas chamas - 90% morreram asfixiadas.

Sem porta de emergência nem sinalização, muitas pessoas em pânico e no escuro não conseguiram achar a única saída existente na boate. Com a fumaça, várias morreram perto do banheiro. Na rua estreita, o escoamento do público foi difícil. Bombeiros e voluntários quebraram as paredes externas da boate para aumentar a passagem. Mas, ao tentarem entrar, tiveram de abrir caminho no meio dos corpos para chegar às pessoas que ainda estavam agonizando. Muitos celulares tocavam ao mesmo tempo - eram pais e amigos em busca de informações.

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