Trio é preso com lista de nomes de 20 agentes penitenciários

A lista, segundo investigações da polícia, seria possivelmente de agentes marcados para sofrer ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC)

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Por Agencia Estado
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A polícia de Presidente Prudente, a 580 quilômetros de São Paulo, prendeu na tarde desta quinta-feira, 8, três homens que seriam integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), com uma lista de nomes, endereços e telefones de 20 agentes penitenciários que trabalham no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) do Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes (SP). A lista, segundo investigações da polícia, seria possivelmente de agentes marcados para sofrer ataques do PCC. No CRP de Bernardes estão detidos os principais membros da cúpula da facção, entre eles, Marcos Camacho, o Marcola, apontado como líder do PCC. De acordo com o delegado Seccional de Presidente Prudente, Marcos Mourão, um dos presos é Douglas Leonardo Ferreira, de 25 anos, morador em Presidente Prudente, homicida e acusado de orientar e passar dados dos agentes para os supostos integrantes do PCC. Douglas foi seguido por um agente do serviço reservado da PM quando se encontrava com os dois comparsas, Marcelo Martins Barbosa, de 31 anos, e José Geraldo de Souza, de 32, moradores em São Paulo, num posto de combustível da rodovia Raposo Tavares. Douglas pretendia entregar a lista a Souza e Barbosa, quando percebeu que era vigiado. Os três então decidiram retornar, mas foram parados em barreiras montadas pela Polícia Rodoviária. Os policiais encontraram a lista no bolso de Douglas. Mourão disse que Barbosa é acusado de diversos roubos e atua na Vila Carrão. Já o outro acusado não estaria usando seu verdadeiro nome. "Tudo indica que ele seja um foragido e que seu verdadeiro nome não seja José Geraldo de Souza", declarou Mourão, que esperava para a tarde desta quinta-feira a confirmação de que os três presos são mesmo do PCC. Segundo Mourão, a suspeita é de que a lista seria entregue para o PCC preparar ataques contra os agentes ou parentes destes. Parte dos nomes dos agentes foi investigada e descobriu-se que são de pessoas sem suspeita de ligação com o crime organizado. Um integrante do núcleo de inteligência do Oeste Paulista disse que é quase certo de que a lista seria usada pelo PCC para preparar ataques, assediar ou pressionar os agentes.

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