Segundo Edvânia, fatores como altas temperaturas e formação de nuvens de chuva são propícias à ocorrência do fenômeno - o que acontecia. Mas não é possível prever se vai se repetir. Segundo ela, foi de algo localizado, que, pela proporção, não foi registrado em imagens de satélite. Ela explicou que há dois sistemas atuando nesse momento em Pernambuco: a Zona de Convergência Intertropical (ZCIP), que vem do oceano trazendo umidade, e o Vórtice Ciclônico de Altos Níveis, já presente no Estado. Os dois trazem umidade e nuvens mais densas. A atuação desses dois sistemas ao mesmo tempo traz umidade para a costa e, ao encontrar altas temperaturas, podem estimular a ocorrência de tromba d'água. A Apac vai analisar e estudar as imagens. A professora de Educação Física Rebeca Santos estava na praia vizinha de Boa Viagem, no Recife, viu o "cone" que se formou no mar e sua chegada à praia, em forma de ventania. Pela direção do vento, ela percebeu que não seria atingida, mas se assustou. "Era uma coisa rara, nunca havia visto nada parecido aqui, deu um susto grande", afirmou.