Uma luta de esgrima perigosa

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Por Análise: Marcus Figueiredo
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A primeira grande impressão que fica do debate é que eles esgrimiram muito perigosamente, porque Serra resvalou várias vezes na ofensa pessoal. Como bom debatedor, ele não chegou a ofender, mas a ideia era desqualificar Dilma. Repetiu sistematicamente que o que ela apresenta é tudo mentira, fantasioso e irreal. Com isso, a gente perde o debate e o telespectador é o principal prejudicado. O resultado imediato é Dilma acuada e relativamente nervosa, tentando evitar a possibilidade de ofensas pessoais.Apesar do clima belicoso, a diferença entre os candidatos - e não é o candidato sozinho, porque ele é parte de uma aliança - ficou clara no que se refere à Petrobrás, ao pré-sal e ao MST. Dilma defende transformar a riqueza do pré-sal para financiar o desenvolvimento social. Serra não deixa claro o que fará com esse recursos. Nesse particular, quando o assunto surge, o tucano diz que Dilma estragou a Petrobrás. A segunda diferença é uma frase que parece solta, mas não é. Dilma diz que a questão do MST é social, não de polícia. Serra sugere um tratamento de confronto.

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