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Umidade do ar sobe em SP, mas continua crítica

Média em São Paulo ontem foi de 20%, nível prejudicial à saúde, segundo a OMS; estado de alerta foi estendido para o interior do Estado

Por Camilla Rigi
Atualização:

A umidade relativa do ar em São Paulo melhorou ontem, mas, até sexta-feira, deve continuar abaixo de 30%, índice considerado prejudicial à saúde pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura (CGE), a média da umidade do ar ontem na capital foi de 20%. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 18%, às 15 horas, em Santana.  Ouça mais dicas de médicos No fim de semana, a situação foi mais crítica. Em Ermelino Matarazzo, zona leste, o índice chegou a 11%. Ontem, a umidade do ar mínima foi de 14% às 14h30, subindo para 27% às 16h30. ''''No início da tarde, apenas a estação de São Matheus estava acima de 30%'''', explicou a meteorologista do CGE Lucyara Rodrigues. Apesar da sensação ser de que este inverno está mais seco, dados do Inmet mostram o contrário. Em 2006, de junho a setembro, houve 19 dias com umidade abaixo de 30% (5 em julho, 10 em agosto e 4 em setembro). Este ano, de junho até ontem, houve 6 dias (1 em julho, 4 em agosto e 1 este mês). ''''Temos uma frente de ar quente e seco no Estado, que não deixa as frentes frias se aproximarem e inibe a formação de nuvens'''', disse o meteorologista do Inmet Marcelo Schneider. A falta de chuvas dificulta a ''''limpeza'''' da atmosfera, segundo o meteorologista da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) Ricardo Anazia. ''''Poluentes primários estão se dissipando porque a ventilação está boa.'''' O clima seco afetou a Represa Guarapiranga, na zona sul. Segundo a Sabesp, o nível de armazenamento de água está em 47,7%. No mesmo período de 2006, o índice era de 68,5%. Com base nos dados do Inmet, a Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) estendeu ontem para o interior de São Paulo o alerta de baixa umidade. Mais nove Estados e o Distrito Federal estão em alerta: Bahia, Goiás, sul do Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, oeste e noroeste de Minas, norte e oeste do Paraná, sul do Piauí e Tocantins. Com exceção do Paraná, a umidade pode atingir índices ainda mais críticos, por volta de 20%.

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