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Unidos de Vila Maria traz uma Cubatão colorida

Com grande variação de cores, serpentina e confete, escola movimentou a avenida

Por Agencia Estado
Atualização:

A Unidos da Vila Maria surpreendeu no final da madrugada deste sábado, 17, ao cantar a recuperação ambiental de Cubatão, cidade no litoral de São Paulo conhecida na década de 1980 por ser o local mais poluído do país - o Vale da Morte. A nova faceta da cidade - o Vale da Vida - entrou no Sambódromo do Anhembi com muitas cores, confetes e serpentinas. A sexta escola a desfilar na primeira noite de desfiles da capital paulista trouxe movimento para a avenida e empolgou os foliões, que passaram toda a madrugada assistindo aos desfiles das escolas do Grupo Especial de São Paulo. Carros luxuosos apresentaram alegorias dançantes e colocaram a escola entre as preferidas do público. A comissão de frente foi a primeira alegoria articulada que chamou a atenção do público. Com 14 integrantes, a comissão explorou a morte e o renascimento de Cubatão, cidade com pouco mais de 110 mil habitantes, sede do primeiro pólo petroquímico do País - responsável por sua derrocada ambiental. Na passarela, 13 monstros representavam a poluição, ao sair de uma caveira de oito metros de altura, com uma foice na mão, ao mesmo tempo que a Mãe Natureza - grávida - resistia à sujeira. Logo atrás, anjos percorreram todo o desfile em pernas de pau. Com um aquário real, repleto de peixes vivos, o carro abre-alas veio logo depois. Chamado "Vale da Vida", a alegoria mostrou uma mulher segurando um bebê - símbolo do renascimento da cidade. Logo depois, a ala das baianas deu um ar de ´Carmem Miranda´ ao desfile da Vila Maria. Usando diversas bananas nas roupas, o carnavalesco Wagner Santos mostrou a origem da cidade - um antigo bananal no pé da Serra do Mar. Aliás, Cubatão é chamada em seu hino de Rainha da Serra. Durante o desfile da Vila Maria, as cores da escola se misturaram ao vermelho do Guará Vermelho - ave símbolo da recuperação ambiental da cidade. Ao todo, 4.800 componentes, 25 alas, cinco carros alegóricos e 270 ritmistas, ajudaram a escola da zona norte a manter as tradições dos antigos carnavais, máscaras venezianas e bailes que acontecem na cidade. A escola foi fundada na década de 1950 e era originalmente formada pelos foliões da Vila Maria, Brás e Pari. A agremiação fez parte do primeiro desfile oficial da cidade e durante a década de 60, quando foi considerada uma das escolas de maior destaque. No ano passado, obteve o quarto lugar no carnaval do Grupo Especial, depois de uma escalada du grupo de Acesso em 1998. GILBERTO AMENDOLA, BRUNO PAES MANSO E FABIANO RAMPAZZO

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