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Acusados pela morte de cinegrafista da Band são soltos no Rio

Caio de Souza e Fábio Raposo vão responder em liberdade e não poderão participar de reuniões políticas e manifestações à noite

Por Roberta Pennafort
Atualização:

RIO - Caio Silva de Souza e Fábio Raposo Barbosa - acusados de acender e atirar o rojão que matou o cinegrafista da TV Band Santiago Andrade, em 6 de fevereiro de 2014, durante um protesto no centro do Rio - foram libertados nesta sexta-feira, 20, do Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste.

A dupla vai responder ao crime em liberdade. Eles deveriam ter sido soltos nesta quinta-feira, 19, mas não o foram porque não havia tornozeleiras eletrônicas de monitoramento para eles, por falta de pagamento à empresa que fornece os equipamentos pelo governo do Estado.

Caio Silva de Souza e Fábio Raposo Barbosa - acusados de acender e atirar o rojão que matou o cinegrafista da TV Band Santiago Andrade, em 6 de fevereiro de 2014, durante um protesto no centro do Rio durante julgamento. Foto: Daniel Castelo Branco/Estadão

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Os dois saíram sem tornozeleiras. Terão que se recolher em casa aos fins de semana e, à noite, não poderão participar de reuniões políticas nem manifestações, entre outras medidas judiciais.

Souza e Raposo, ambos com 23 anos, não respondem mais por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, com uso de explosivo e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima), por decisão judicial divulgada na quarta-feira, 18. O Ministério Público informou que recorreria.

O secretário de Administração Penitenciária foi trocado por causa da crise das tornozeleiras, que reflete as dificuldades financeiras da Pasta e do Estado de uma forma geral.

O novo, Erir Ribeiro da Costa Filho, coronel da Polícia Militar, disse que "vai tentar negociar com esse fornecedor para ver se ele adianta as tornozeleiras e tentar diminuir as dívidas da secretaria".

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