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Após queda, senhora espera 1h20 por ambulância em Ipanema

Diarista Luiza Gomes Barboza descia de um ônibus, às 16h30, quando escorregou e bateu a cabeça; Samu só chegou às 17h50

Por Clarissa Thomé
Atualização:
Motorista permaneceu ao lado da diarista por 80 minutos, enquanto socorro não chegava Foto: Marcos Arcoverde/Estadão

RIO - A diarista Luiza Gomes Barboza, de 54 anos, ficou estirada à espera de socorro por 1 horas e 20 minutos na ciclovia da Rua Francisco Otaviano, em Ipanema (zona sul do Rio), na tarde desta quinta-feira (24). Ela descia de um ônibus, às 16h30, quando escorregou e bateu a cabeça no asfalto. Testemunhas chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) por diversas vezes, mas a ambulância só chegou às 17h50.

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"Se minha irmã tivesse que morrer, teria morrido. Ela veio me encontrar no meu trabalho e sofreu o acidente. Ela não consegue se mexer de dor, e ainda é hipertensa, diabética", contou a irmã Celina da Silva, de 61 anos, que foi avisada do acidente pelo motorista.

Policiais militares foram os primeiros a chegar ao local. Eles também ligaram para o socorro - o telefonema foi dado às 16h51. "Eu também telefonei para o Samu e a moça fazia tantas perguntas. Queria saber qual era o estado de saúde, se ela tinha quebrado alguma coisa, qual era a idade da vítima. Se fosse uma pessoa famosa já tinha sido socorrida", afirmou o porteiro Luiz Carlos dos Santos.

Quando a ambulância chegou, os bombeiros disseram que levaram três minutos entre receberem a notificação da central de regulação e o socorro.

Consultado sobre o caso, o Corpo de Bombeiros do Rio informou que a solicitação de socorro chegou ao sistema da Central de Regulação às 17h20. A ambulância foi acionada às 17h27 e chegou ao local, segundo os bombeiros, às 17h31 - a reportagem apurou que isso ocorreu 19 minutos depois. O Corpo de Bombeiros informou que abrirá procedimento interno para apurar se houve demora no atendimento da ocorrência.

Luiza Gomes Barboza escorregou e, ao cair da escada do ônibus, bateu a cabeça no chão; socorro demorou a chegar Foto: Marcos Arcoverde/Estadão
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