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Beija-Flor esbanja luxo e exalta Guiné Equatorial

O país teria dado R$ 10 milhões à escola da Baixada Fluminense

Por Fabio Grellet
Atualização:

Rio de Janeiro - Homenageando Guiné Equatorial, um país de 700 mil habitantes situado na África e governado há 35 anos por um ditador, a Beija-Flor fez um desfile luxuoso e tecnicamente correto.

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A escola teria recebido R$ 10 milhões do governo guiné-equatoriano para adotar o enredo - nenhuma das partes confirma o valor e após o desfile autoridades de Guiné chegaram a negar o patrocínio. Embora subdesenvolvido, o país é um dos maiores produtores de petróleo do continente africano. Só uma autoridade do país homenageado desfilou: Benigno-Pedro Matute Tang, embaixador de Guiné Equatorial no Brasil. Outros integrantes do governo, entre eles o vice-presidente, Teodoro Nguema Obiang Mangue, o Teodorín, filho do presidente, acompanharam o desfile de um camarote particular, de onde Teodorín acenou bastante quando o embaixador passou, sobre o carro alegórico.

Identificada com enredos sobre a cultura africana, a Beija-Flor usou o enredo para enaltecer aspectos da natureza e da cultura do país homenageado, sem menção ao governo do ditador. Algumas alas tinham coreografias inspiradas em danças africanas.

Embora aos 25 minutos de desfile uma fina garoa tenha começado a atingir o sambódromo, logo parou e não comprometeu a apresentação da escola de Nilópolis.

Ao final, o diretor de carnaval da Beija-Flor, Laila, foi sintético ao avaliar o desfile. “O tempo foi bom, a escola não teve correria. Deu para apresentar direito, foi muito bom”, disse, ao final da apresentação.

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