Complexo do Alemão será reocupado pela PM, afirma Pezão
'Vamos entrar mais fortes, fazer uma reocupação. Segurança continua sendo nossa política mãe', disse o governador do Rio
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Por Antonio Pita
Atualização:
RIO - Após quatro mortes nos últimos cinco dias - entre elas ado garoto Eduardo de Jesus, de 10 anos, morto com um tiro de fuzil na porta de casa, na última quinta-feira - o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou que o Complexo do Alemão, na zona norte da cidade, será reocupada pela Polícia Militar. A informação é da assessoria de imprensa do governo, em comunicado publicado na internet. A medida ainda não tem data e, segundo a nota, ocorrerá sem a presença das Forças Armadas, apenas com novos policiais. "Vamos entrar mais fortes, fazer uma reocupação. Segurança continua sendo nossa política mãe", disse Pezão.
"A gente já vem discutindo o fortalecimento de algumas UPPs. O Alemão é uma delas. Vamos entrar mais forte, fazer uma reocupação. Vamos fortalecer, colocando mais policiais. Nesses três meses de governo, já formamos mais de 1.100 PMs e vamos intensificar a ocupação no Alemão", afirmou o governador. De acordo com o comunicado, o governo pretende alocar no conjunto de favelas um efetivo de novos policiais, parte deles já estaria em treinamento. Segundo Pezão, há mais de seis mil policiais aprovados em concurso previstos para serem contratados ainda este ano. Além dos novos oficiais, o governador prevê também a reciclagem dos atuais PMs que atuam nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP).
Protesto contra violência lembra morte de menino no Alemão
1 / 20Protesto contra violência lembra morte de menino no Alemão
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Durante o protesto, na Praia de Copacabana, jovens enterraram um caixão branco de criança e fincaram uma cruz na areia, na altura da Avenida Princesa ... Foto: Marcos Arcoverde/EstadãoMais
Violência no Rio de Janeiro
A manifestação, organizada pela ONG Rio de Paz, não teve grande adesão e reuniu cerca de 40 pessoas. Os manifestantes lançaram a campanha “Quem matou ... Foto: Marcos Arcoverde/EstadãoMais
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A manifestação de sexta-feira, 3, teve confronto entre manifestantes e policiais, que usaram bombas de gás e spray de pimenta. Entre quarta-feira, 1, ... Foto: ReutersMais
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O pai de Eduardo, José Maria Ferreira de Souza, disse que estará de volta em dez dias para acompanhar as investigações da polícia. Foto: Marcos Arcoverde/Estadão
Violência no Rio de Janeiro
Manifestantes vestiram preto, na manhã deste domingo, 5, para protestar contra a violência que atinge crianças no Rio de Janeiro e em solidariedade à ... Foto: EFEMais
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O menino Eduardo foi atingido por um tiro, segundo a coordenação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), durante confronto entre policiais e traf... Foto: ReutersMais
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Os pais de Eduardo contestam a versão da UPPe dizem que um policial atirou no menino, que estava na porta de casa, na localidade de Areal. Foto: EFE
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Depois da morte de Eduardo, moradores do Alemão fizeram três manifestações contra a violência no complexo de favelas. Foto: Reuters
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Manifestantes do Rio de Paz, fazem protesto na praia de Copacabana, zona sul do Rio, pela morte do menino Eduardo de Jesus, morador do complexo do Ale... Foto: Marcos Arcoverde/EstadãoMais
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A família do meninoEduardo, que morreu atingido por um tiro no Complexo do Alemão, embarca na manhã deste domingo, 5, para o Piauí, onde o corpo deles... Foto: ReutersMais
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Em encontro com parentes de Eduardo, no sábado, 4, o delegado Rivaldo Barbosa, chefe da Divisão de Homicídios (DH), prometeu esclarecer o crime. "Não ... Foto: Marcos Arcoverde/EstadãoMais
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A manifestação deste domingo, 5, atraiu cerca de 40 pessoas na praia de Copacabana. O ato foi organizado pela ONGRio de Paz contra a violência no Rio ... Foto: Marcos Arcoverde/EstadãoMais
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Os membros da ONG Rio da Pazassistir ao funeral simbólico de menino de 10 anos de idade, Eduardo de Jesus, que morreu na semana passada durante um tir... Foto: ReutersMais
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Poucos manifestantes foram à Praia de Copacabana; jovens usaram preto, enterraram um caixão de criança e fincaram uma cruz na areia Foto: EFE
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Durante o protesto desse domingo, 5, os manifestantes lançaram a campanha “Quem matou Eduardo?” Foto: Marcos Arcoverde/Estadão
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Manifestantes da ONGRio daPaz, fazem protesto na praia de Copacabana, zona sul do Rio, pela morte do menino Eduardo de Jesus, morador do complexo do A... Foto: Marcos Arcoverde/EstadãoMais
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Depois da morte de Eduardo, moradores do Alemão fizeram três manifestações contra a violência no complexo de favelas. O último protesto aconteceu no s... Foto: Marcos Arcoverde/EstadãoMais
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"A violência do Rio está matando nossas crianças" diz cartaz carregado por manifestante que vestiu preto para protestar contra morte do menino Eduardo... Foto: Marcos Arcoverde/EstadãoMais
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A família de Eduardo embarcou na manhã deste domingo, 5, para o Piauí, onde o corpo do menino será enterrado. Opai, José Maria Ferreira de Souza, diss... Foto: Marcos Arcoverde/EstadãoMais
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Pezão também fez uma avaliação da atual política de segurança, e afirmou que o modelo é "um instrumento para nós levarmos a saúde, a educação, a ação social" e voltou a garantir que o Estado não vai "retroceder" no combate à violência "nas áreas mais conflagradas". "A gente tem que se adaptar. É um processo de seis, sete anos, que a gente tem que ir reavaliando, vendo o que deu certo, o que deu errado, e ir adaptando. A gente sabe que não é só segurança. Estamos fazendo um grande esforço e não vamos retroceder. Pelo contrário, segurança continua sendo o nosso mantra, nossa política mãe".
O comunicado foi divulgado no final da tarde deste domingo, dia 4, após os familiares do garoto Eduardo de Jesus, embarcar para o Piauí. O enterro acontecerá na cidade de Corrente, a 864 quilômetros de Teresina. A viagem e o traslado do corpo foram pagos pelo governo do Estado.Antes de embarcar, a família voltou a contestar a versão da coordenadoria das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) de que Eduardo foi atingido por uma bala perdida durante confronto entre policiais e traficantes. A mãe do menino, Terezinha Maria de Jesus, diz que o filho foi morto por um policial quando brincava na porta de casa, na localidade de Areal.