Em meio a cobranças, Dilma entrega casas populares no Rio

Representante da comunidade de Manguinhos aproveitou a ocasião para pedir a construção de creche e posto de saúde

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Por Felipe Werneck
Atualização:

RIO - A presidente Dilma Rousseff ouviu cobranças de uma moradora durante a cerimônia de entrega de 564 apartamentos em Manguinhos, na zona norte do Rio, na tarde deste domingo, 1º.

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Em discurso, Cândida Maria Privado, de 53 anos, representante da comunidade, aproveitou sua participação para pedir à presidente a construção de uma creche e de um posto de saúde no condomínio. "Estou cobrando!", discursou Cândida, que elogiou a obra. Depois, ela também pediu ajuda financeira aos moradores para a compra de móveis para os novos apartamentos. 

Também em discurso, Dilma mencionou a cobrança da moradora: "As Cândidas do Brasil estão de parabéns, porque são elas que levam as coisas para a frente."

Dilma entrega 564 apartamentos no Complexo de Manguinhos Foto: Marcos Arcoverde/Estadão

As obras na região, que incluem saneamento e urbanização, custaram R$ 683,2 milhões em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do governo do Estado. Os apartamentos, anunciados em 2007, consumiram R$ 83 milhões, segundo o governo do Estado. No lugar do novo condomínio havia uma fábrica da antiga CCPL, que foi implodida. 

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, citou a cobrança feita por Cândida, em tom de elogio: "Você está certa em cobrar, porque cobra com educação e carinho." 

Dilma exaltou o programa federal Minha Casa Minha Vida e afirmou que "milhões de pessoas não tinham acesso à habitação e ninguém fez nada" antes dos governos do PT. "O governo federal botou a mão no bolso e fez o Minha Casa Minha Vida. Isso aqui é uma prova de como a comunidade junto com o governo mudam a realidade. A minha obrigação é dar oportunidade para os mais pobres. Por isso eu digo que o Brasil mudou" , discursou Dilma.

A presidente tirou fotografias com moradores e seus filhos durante a entrega de chaves, ao lado de Pezão, do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Os apartamentos têm 47,4 metros quadrados, sala e dois quartos. Mangueiras de incêndio ainda não foram instaladas. 

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Do lado de fora do condomínio, cerca de 150 pessoas protestavam. Havia servidores federais, professores em greve das redes estadual e municipal, integrantes de movimentos sociais e sem-teto. Os acessos ao local da cerimônia foram cercados por fuzileiros navais, soldados do Exército e policiais do Batalhão de Choque, que impediram a passagem de manifestantes. "A Dilma no passado foi presa pelos militares e hoje é protegida por eles", disse no carro de som o professor de história Fabiano Faria, de 40 anos, do Sindicato Nacional dos Servidores da Educação.

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