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Ex-policiais são condenados a 56 anos de prisão por estupros de mulheres em favela

Mulheres foram agredidas e obrigadas a manter relações sexuais com três agentes em barraco vazio na comunidade do Jacarezinho

Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO - Três ex-policiais militares do Rio de Janeiro foram condenados a 56 anos e 3 meses de prisão cada um por atentado violento ao pudor e estupro de três jovens moradoras da favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio. O crime ocorreu em 5 de agosto de 2014 e a sentença em primeira instância foi emitida em 5 de maio pela Auditoria da Justiça Militar. Em 26 de maio houve recurso tanto da defesa como da acusação. Ainda não há decisão em segunda instância.

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Na noite do crime, os então policiais Gabriel Machado Mantuano, Renato Ferreira Leite e Anderson Farias da Silva faziam ronda a pé pela favela do Jacarezinho quando encontraram um grupo de usuários de crack.

Três mulheres - uma delas de 16 anos - estavam à procura da irmã de uma delas, usuária de crack, quando se depararam com os policiais. Os PMs ordenaram que elas fossem para um barraco vazio, onde foram agredidas e obrigadas a ficar nuas e a manter relações sexuais com os três policiais.

A juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros condenou cada um dos ex-policiais por nove crimes de estupro e nove de atentado violento ao pudor, sendo três como autor e seis como coautor. Um dos policiais era acusado também de roubar o telefone celular de uma das vítimas, mas acabou sendo absolvido.

Após a interposição dos recursos, abriu-se prazo para que o Ministério Público Militar (MPM) apresente os fundamentos de seu recurso. Depois a defesa deve se manifestar sobre o recurso do MPM e apresentar os fundamentos de seu recurso. Então será aberto novo prazo ao MPM para se manifestar sobre o recurso da defesa.

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