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Falsa psicóloga que atendia a autistas é presa no Rio

Investigações começaram quando os pais de um dos pacientes registraram ocorrência dizendo que pediram um recibo com o número do registro da suposta psicóloga para declaração de Imposto de Renda e descobriram que havia sido cancelada

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - A falsa psicóloga Beatriz Coelho Cunha, de 32 anos, foi presa, nesta quarta-feira, 27, por policiais da Delegacia do Consumidor (Decon), na clínica onde atendia a pacientes autistas, na rua Sorocaba em Botafogo, zona sul do Rio. A clínica pertencia a ela e ao marido.

 

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De acordo com o delegado titular da especializada, Maurício de Almeida e Silva, as investigações começaram há dois meses quando os pais de um dos pacientes registraram ocorrência na unidade, dizendo que, depois de oito meses de tratamento, pediram um recibo com o número do registro da suposta psicóloga para o Imposto de Renda.

 

Ao verificarem o número no Conselho Regional de Psicologia, eles foram informados que o cadastro estava cancelado e foram até a clínica novamente perguntar o que havia acontecido. Beatriz alegou que verificaria o erro e forneceu outro número que, quando consultado, era de outra psicóloga.

 

Ainda segundo o delegado, para sustentar a farsa, a criminosa contratava profissionais da área para realizarem palestras para os pais das crianças, sobre o assunto. Ela atendia cerca de 20 crianças por dia. Cada hora da consulta custava R$ 80, sendo calculado que o lucro mensal era de R$ 6 mil. Estima-se que 60 crianças estivessem matriculadas na clínica.

 

Para confirmar a ilegalidade, os policiais se disfarçaram de clientes durante dois meses, monitorando o trabalho da falsa psicóloga. A Vigilância Sanitária também foi ao local para interditá-lo, já que ele não era apropriado para o tipo de tratamento. Beatriz foi autuada por estelionato e exercício ilegal da profissão.

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