Governo federal prepara plano para combater crise de segurança no Rio

A pedido de Temer, ministérios da Defesa, Justiça e o Gabinete de Segurança Institucional elaboram medidas para frear avanço da criminalidade no Estado

PUBLICIDADE

Por Vinicius Neder e Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO - O presidente Michel Temer determinou aos ministérios da Defesa e da Justiça e ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) a elaboração de medidas para enfrentar a crise de segurança pública no Rio, afirmou nesta segunda-feira, 8, o ministro da Defesa, Raul Jungmann. "Daqui a algum tempo, porque se trata de operações complexas, apresentaremos esse plano. Ou seja, o presidente Temer, eu e os demais ministros temos uma grande preocupação com o Rio de Janeiro e vamos dar respostas", disse Jungmann. Ele participou de solenidade de entrega da Medalha da Vitória, no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, no Rio.

PUBLICIDADE

O ministro não citou prazo para a apresentação do plano para o Rio. Informou que a ideia é fazer uma operação integrada semelhante à utilizada durante os Jogos Olímpicos de 2016. Jungmann criticou a possibilidade de haver apenas o emprego das Forças Armadas, com a publicação de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), a pedido do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

"Aquilo dá sensação de segurança, dá um alívio. É como baixar uma febre, mas não resolve os nossos problemas. Quando se põe a tropa na rua, o crime se retrai. Quando as tropas saem, o crime volta. Precisamos fazer com que essa dinâmica não aconteça", ressaltou Jungmann.

A ideia, afirmou o ministro, é que o plano incorpore alguns elementos da GLO, "mas vá bem além, que se pareça, na sua coordenação, articulação e abrangência, com aquilo que fizemos durante a Olimpíada". Segundo Jungmann, Pezão ainda não pediu a decretação de GLO. Tropas das Forças Armadas foram empregadas em GLO, no Rio, uma semana antes do carnaval. "A urgência não é do Rio, é do Brasil", disse o ministro.

Para Jungmann, o plano não pode gastar recursos desnecessários. Ele criticou a operação das Forças Armadas no Complexo da Maré, que durou um ano e meio e, conforme o ministro, custou R$ 400 milhões. "Quando nós saímos, não entrou o Estado com seu conjunto de serviços. O que aconteceu? Em boa medida, voltou ao que era antes", afirmou o ministro.