Grupo protesta contra atraso na liberação de corpo de jovem morto

Cinco jovens foram assassinados por PMs na zona norte do Rio

PUBLICIDADE

Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan
Atualização:
Velório de três dos cinco jovens que foram assassinados no cemitério de Irajá, no subúrbio do Rio Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

RIO - O atraso na liberação pelo Instituto Médico-Legal (IML) do corpo de Cleiton Correa de Souza, de 18 anos, um dos cinco jovens mortos por PMs na noite de sábado, em Costa Barros, zona norte do Rio, provocou protestos no fim da tarde desta segunda-feira.

PUBLICIDADE

Um grupo invadiu a pista em frente ao cemitério de Irajá e interrompeu o trânsito por alguns minutos. Souza é o único dos rapazes assassinados que ainda não foi enterrado.

"Eles botam tanta burocracia, acham que a nossa dor é pouca. Faltava um carimbo. Tem que ter tempo para enterrar hoje, eu não quero saber de onde eles vão tirar tempo", disse Monica Aparecida Santana Corrêa, mãe de Souza, que demonstrava revolta.

Na noite de sábado, 28, quatro policiais militares foram presos pela morte de cinco jovens, que ocupavam um Palio branco em um dos acessos ao Morro da Lagartixa, em Costa Barros, na zona norte. O veículo foi alvejado mais de 50 vezes. Os rapazes haviam saído para comemorar o primeiro salário recebido por um deles, Roberto de Souza Penha, de 16 anos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.