RIO - O Superior Tribunal Militar (STM) condenou dois coronéis da reserva da Aeronáutica a quatro anos e seis meses de prisão por fraude na Diretoria de Engenharia da Aeronáutica (Direng), no Rio de Janeiro. As investigações apontaram prejuízos de quase R$ 2 milhões. Além deles, um empresário e um vendedor também foram condenados. Todos eles poderão recorrer em liberdade.
+++ Corregedoria da polícia de São Paulo é acusada de cobrar ‘mensalão’ de corruptos
Os coronéis Wilson Sales e José Murilo Ramos foram considerados culpados por esquema que teria lesado os cofres públicos em R$ 1.974.067,00. Segundo denúncia do Ministério Público Militar (MPM), os militares forjaram um processo licitatório para aquisição de materiais de informática e pagaram por produtos que não foram entregues.
Em juízo, as defesas dos envolvidos alegaram que o processo licitatório foi criado para regularizar práticas administrativas e contábeis. Segundo os advogados, os materiais foram entregues antecipadamente na base da confiança, já que havia a previsão da aquisição dos produtos, mas não havia dinheiro por causa de cortes orçamentários por parte do governo federal.
Em julgamento do Conselho Especial de Justiça - primeira instância da Justiça Militar -, todos foram absolvidos por falta de provas, mas o MPM recorreu ao Superior Tribunal Militar. As decisões foram revistas, e as sentenças saíram nessa quinta-feira, 28.
Além dos coronéis, o empresário Fabio de Rezende Tonassi foi condenado a dois anos e oito meses de prisão por participação no esquema, enquanto o vendedor Marcelo Soares Júnior foi sentenciado a três anos e três meses. Também denunciado, o empresário Celso Fernandes de Mattos foi absolvido.
As defesas dos acusados não foram localizadas para comentar a decisão.