Médico diz que alemão ferido em explosão não tem condições de depor
Segundo o especialista, organismo de Markus Müller entrou em choque; paciente afirmou que tinha sido atacado por um homem
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Por Danielle Villela
Atualização:
RIO - O médico Luiz Alexandre Essinger disse nesta sexta-feira, 22, que o alemão Markus Bernard Maria Müller, de 51 anos, não terá condições de prestar esclarecimentos tão cedo sobre a explosão ocorrida em seu apartamento em São Conrado, na zona sul do Rio, na segunda-feira. Segundo o diretor do Hospital Municipal Miguel Couto, para onde Müller foi levado por bombeiros após o acidente, o estado de saúde do alemão apresenta diversas complicações.
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“O organismo dele entrou em choque. Com um quadro desses, há riscos de insuficiência renal e infecções. É difícil prever quando ele vai se recuperar, mas tem chances de sobreviver”, disse Essinger.
Depois de passar cerca de 24 horas no Miguel Couto, Müller foi transferido para o Hospital Estadual Pedro II. Até o início da noite desta sexta, ele continuava em coma induzido e respirando com a ajuda de aparelhos. Na explosão, Müller teve 50% do corpo queimado, principalmente rosto, pescoço, tórax e abdome, além de sinais de chamuscamento nas vias aéreas e uma lesão pulmonar, causada possivelmente pela inalação de fumaça.
Explosão em prédio da zona sul do Rio
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Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Pelo menos duas pessoas ficaram feridas após uma explosão destruir parte de um prédio em São Conrado, bairro nobre da zona sul do Rio de Janeiro Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Testemunhas afirmam que a explosão ocorreu no 10º andar; segundo relatos de moradores, o impacto se assemelhou à sensação de um 'terremoto' Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
O Edifício Canoas tem 19 andares e 72 apartamentos e faz parte de um condomínio de quatro blocos Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
O alemão Marcus Bernard Muller foi levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, zona sul, em estado grave Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Equipe da prefeitura faz perícia no interior do prédio Foto: Fábio Motta/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Segundo relatos de moradores, o impacto se assemelhou à sensação de um 'terremoto' Foto: Fábio Motta/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Bombeiros entram no edifício para resgatar possíveis vítimas Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Os destroços caíram no playground do prédio, perto da piscina Foto: Fábio Motta/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
A explosão ocorreu na cozinha do apartamento 1.001, onde morava o alemão Marcus Bernard Muller Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
O estrangeiro passava por cirurgia no fim da manhã desta segunda-feira. Segundo moradores, ele trabalhava em uma construtora, morava sozinho e 'vivia ... Foto: Fábio Motta/EstadãoMais
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Um vazamento de gás é a provável causa da explosão na manhã desta segunda-feira, 18 Foto: Fábio Motta/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Os andares mais afetados foram o 10º e o 9º Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Os destroços caíram no playground do prédio, perto da piscina Foto: Fábio Motta/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Segundo síndico de prédio vizinho, muitos moradores estão receosos Foto: Fábio Motta/Estadão
De acordo com Essinger, o alemão também apresentava de seis a oito cortes longitudinais e cinco perfurações pequenas no tórax, do pescoço até a altura do umbigo, além de cortes paralelos e longitudinais na parte interna dos braços, da altura do cotovelo até o punho.
“O que mais chama a atenção é o fato de serem cortes longitudinais e paralelos. Durante a cirurgia, não foi detectado nenhum fragmento de vidro ou reboco que indicasse que esses cortes foram provocados por estilhaços. Lembram feridas provocadas por uma arma branca ou por um objeto cortante”, afirmou o médico.
Segundo Essinger, Müller afirmou diversas vezes durante o atendimento que tinha sido atacado por um homem, que teria entrado no apartamento exigindo um relógio Rolex dourado e dinheiro. “Ele chegou acordado, muito agitado, o que é normal em situações de trauma, e repetiu diversas vezes: tem um homem querendo me matar”, disse.
Segundo Essinger, o alemão contou ainda que o assaltante “teria dado uma bebida avermelhada para ele, antes de dizer que iria explodir tudo”.
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Falta avaliação. Para o médico, há a possibilidade de Müller ter provocado os cortes e toda a história ter sido um delírio. “Informamos à polícia que o paciente chegou contando essa história, mas jamais dissemos que era verdadeira. Cabe aos peritos avaliar o que realmente aconteceu.”