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Ministério Público do Rio pede prisão dos 4 policiais do caso Juan

Cabos serão detidos temporariamente por homicídios duplamente qualificados, tentativas de homicídio e ocultação de cadáver

Por João Paulo Carvalho e Clarissa Thomé
Atualização:

SÃO PAULO E RIO- O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu na tarde desta terça-feira, 19, a prisão temporária de 30 dias dos quatro policiais militares envolvidos na morte do menino Juan Moraes, de 11 anos. O pedido foi enviado à 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

 

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Segundo o Ministério Público do Rio, a prisão temporária dos cabos Edilberto Barros do Nascimento e Rubens da Silva, e os sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares foi pedida em relação a dois homicídios duplamente qualificados (pelas mortes do menor Juan Moraes e Igor de Souza Afonso), duas tentativas de homicídio(do irmão de Juan e da testemunha, Wanderson dos Santos de Assis, de 19 anos) e ocultação do cadáver de Juan.

 

A morte do menor, durante operação de policiais do 20º BPM (Mesquita) na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, completa um mês nesta quarta-feira, 20.

 

O corpo foi encontrado às margens de um rio na Baixada Fluminense dez dias após a operação da PM. As quatro armas usadas pelos pelociais no dia do sumiço do menino foram periciadas.

 

Protesto. A ONG Rio de Paz organizou nesta terça-feira, 19, um protesto contra o assassinato do menor. 180 placas pretas com a inscrição "Quem matou Juan?" foram espalhadas ao longo do Aterro do Flamengo.

 

"É um movimento contra a impunidade. Esses episódios só se repetem porque aqueles que cometem crimes têm certeza de que não serão punidos", afirmou o presidente da ONG, Antônio Carlos Costa.

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