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Ministro do STF suspende nomeação do filho de Crivella para Casa Civil do Rio

Marco Aurélio Mello atendeu a um pedido feito por um advogado que alegou haver 'clara afronta ao princípio da moralidade'

Por Breno Pires e Rafael Moraes Moura
Atualização:
Marcelo Hodge Crivella tem 34 anos e é formado em Psicologia Foto: Reprodução

BRASÍLIA - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu nesta quinta-feira, 9, a nomeação do filho do prefeito do Rio para o cargo de secretário da Casa Civil do município. Marcelo Hodge Crivella foi nomeado secretário pelo próprio pai, Marcelo Bezerra Crivella, no dia 1º de fevereiro.

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Marco Aurélio atendeu a um pedido feito por um advogado que alegou haver "clara afronta ao Princípio da Moralidade insculpido na Constituição Federal" e que disse ser um caso de nepotismo. 

"O gesto do prefeito é um claro exemplo de nepotismo, que contraria a súmula vinculante n. 13 diante da nova discussão que se abriu no Supremo Tribunal Federal sobre o assunto, e ainda autonomamente constituindo-se em afronta aos Princípios Republicano, da Moralidade Pública e da Impessoalidade", disse o advogado Victor Travancas na reclamação constitucional.

Para justificar o pedido de liminar, o advogado alegou que "caso haja exercício do cargo público pelo filho do prefeito e os seus atos sejam nulos, a demora da decisão poderá acarretar prejuízos irreparáveis a municipalidade".

O ministro Marco Aurélio acatou o pedido. "Defiro a liminar para suspender a eficácia do Decreto P nº 483, de 1º de fevereiro de 2017, do Prefeito do Município do Rio de Janeiro", diz o resumo da decisão do ministro. 

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