Morre, aos 60 anos, o jornalista e escritor Geneton Moraes Neto

Ele estava internado desde maio e teve complicações causadas por um aneurisma da artéria aorta

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Por Clarice Cudischevitch
Atualização:
Com mais de 40 anos de jornalismo, Geneton foi repórter da sucursal do Nordeste do 'Estado' entre 1975 e 1980 Foto: Divulgação

Morreu nesta segunda-feira, 22, aos 60 anos de idade, o jornalista e escritor pernambucano Geneton Moraes Neto. Ele estava internado desde maio na Clínica São Vicente, na Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro. Não resistiu a complicações causadas por um aneurisma da artéria aorta. 

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Com mais de 40 anos de jornalismo, Geneton foi repórter da sucursal do Nordeste do Estado entre 1975 e 1980. Na Rede Globo, foi editor do Jornal da Globo e Jornal Nacional, correspondente na Inglaterra e repórter e editor-chefe do Fantástico. Produzia reportagens especiais para a GloboNews desde 2006.

Publicou diversas obras, entre elas Hitler/Stalin: o pacto maldito, O Dossiê Drummond/ a última entrevista do poeta, Dossiê Brasil e Dossiê 50: os onze jogadores revelam os segredos da maior tragédia do futebol brasileiro. Em 2015, dirigiu o documentário Cordilheiras no Mar: a Fúria do Fogo Bárbaro, sobre o apoio de Glauber Rocha ao projeto de abertura política de Geisel, que ganhou o Prêmio Especial do Júri no 25º Festival Ibero-americano de Cinema.

Em 2010, ganhou o Prêmio Embratel de Telejornalismo, pelas entrevistas feitas com os generais Newton Cruz e Leônidas Pires Gonçalves, exibidas no programa Dossiê GloboNews. Em 2012, recebeu a Medalha João Ribeiro da Academia Brasileira de Letras, concedida a personalidades da área da cultura. 

O jornalista deixou a mulher, duas filhas e netos. Apaixonado pelo ofício, Geneton afirmou, em depoimento ao Memória Globo: "Todo profissional precisa de uma bandeira. Escolhi uma: fazer Jornalismo é produzir memória. De certa forma, é o que me move".