Jungmann: Crime foi tentativa de silenciar defesa de comunidades
Ministro da Segurança Pública se recusou a divulgar informações sobre a investigação do crime no Rio
Por Constança Rezende
Atualização:
RIO - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta quinta-feira, 15, que o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), de 38 anos, e do motorista Anderson Pedro Gomes, de 39, foi uma "tentativa de silenciar uma pessoa que vinha procurando defender comunidades no Rio de Janeiro". Jungmann também prometeu "todos os esforços" para que os responsáveis pelo crime sejam descobertos. Ele não quis divulgar nenhuma informação sobre as investigações e disse que não descarta nenhuma hipótese para o crime.
Jungmann também afirmou que confia no trabalho da Polícia Civil. Indicou assim que discorda da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que chegou a avaliar a possibilidade de pedir a federalização das investigações do assassinato de Marielle e de seu motorista. Essa hipótese foi descartada no início da noite, em encontro da procuradora com o procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem.
"Falei com Raquel Dodge, mas a rigor esta investigação já está federalizada porque nós temos uma intervenção federal aqui acontecendo e estamos todos trabalhando juntos", disse durante coletiva de imprensa no Centro Integrado de Comando de Controle (CICC). "Mas, se ela entender que há necessidade do deslocamento de competência e se ela entender a necessidade maior do que já vem fazendo a Polícia Federal, obviamente que nós nada temos a obstaculizar."
Manifestantes vãos às ruas do País após morte de Marielle e Anderson
1 / 24Manifestantes vãos às ruas do País após morte de Marielle e Anderson
Ato em Brasília
Servidores e deputados federais fizeram um ato na Câmara, em Brasília, em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e ao motorista Anderson Gome... Foto: Gilmar Félix/Câmara dos DeputadosMais
Ato no Rio
Manifestantes fazem ato em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL) em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na reg... Foto: Wilton Júnior/EstadãoMais
Ato no Rio
Manifestantes começam a chegar à Câmara Municipal, no centro do Rio, onde foi velado o corpo da vereadora Marielle Franco Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
Ato no Rio
'Não à intervenção militar', pedem manifestantes reunidos no centro do Rio nesta quinta-feira, 15 Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
Ato no Rio
Manifestação em frente à Câmara Municipal do Rio, nesta quinta-feira, 15 Foto: REUTERS/Ricardo Moraes
Ato no Rio
Multidão se reúne em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, nesta quinta, 15 Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
Ato no Rio
Clima na manifestação em frente à Câmara Municipal do Rio é de indignação e muita tristeza pela morte da vereadora Marielle Franco Foto: AP Photo/Leo Correa
Ato no Rio
Multidão se reúne no centro do Rio para assitir ao velório da vereadora Marielle Franco Foto: EFE/Antonio Lacerda
Ato no Rio
Cartazes dizem: "Vidas negras importam" no centro do Rio, nesta quinta-feira, 15 Foto: AP Photo/Leo Correa
Ato em São Paulo
Na capital paulista, a concentração do ato ocorreu no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, região central da cidade Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Ato em São Paulo
Organizadores estimam que entre 3 e 5 mil pessoas participem do protesto na capital paulista Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Ato em São Paulo
O ato na Avenida Paulista assumiu um tom de defesa do feminismo e das minorias Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Ato em São Paulo
Manifestantes na Paulista fazem velório simbólico para a vereadora Marielle Franco Foto: Miguel Schincariol/AFP
Ato em São Paulo
Folheto distribuído durante a manifestação na Avenida Paulista, na região central de São Paulo Foto: Luiz Fernando Toledo/Estadão
Ato em Salvador
Com gritos contra a intervenção federal e pela luta dos negros no Brasil, os manifestantes seguiram pelas ruas de Salvador com cartazes e faixas Foto: Cleusa Duarte/Estadão
Ato em Salvador
Em Salvador, cerca de 2 mil pessoas entre estudantes, professores, representantes partidários ligados à esquerda e participantes do Fórum Social Mundi... Foto: Cleusa Duarte/EstadãoMais
Ato no Recife
A mobilização no Recife teve início em frente à Câmara Municipal do Recife, na região central da cidade Foto: Monica Bernardes/Estadão
Ato no Recife
Com faixas e cartazes, os manifestantes no Recife gritaram palavras de ordem e músicas contra a violência Foto: Monica Bernardes/Estadão
Ato em Brasília
Ato na Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta quinta-feira, 15 Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Ato em Brasília
Ato na Câmara dos Deputados em Brasília, nesta quinta-feira, 15 Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Ato em Brasília
Ato de servidores e deputados no Congresso Nacional, em Brasília, nesta quinta-feira, 15 Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Ato em Brasília
'Transformar o luto em luta', diz um dos cartazes no ato em Brasília, nesta quinta-feira, 15 Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Ato em Belo Horizonte
Segundo os organizadores, cerca de 5 mil pessoas participaram em Belo Horizonte de protesto contra o assassinato da vereadora e do motorista Foto: Leonardo Augusto/Estadão
Ato em Belo Horizonte
Papéis em homenagem a Marielle são colados por manifestantes na capital mineira Foto: Leonardo Augusto/Estadão
Jungmann disse também que estava no Rio por determinação do presidente Michel Temer (MDB) e declarou que vai acompanhar o caso pessoalmente até que ele se encerre "pelo tempo que for necessário e ao custo que for necessário".
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"Quero dizer ao povo carioca que nós vamos encontrar e vamos punir os responsáveis por esse bárbaro crime. E que nos envidaremos todos os esforços para que isso venha acontecer", afirmou.
Segundo o ministro, estão trabalhando de forma integrada no caso as Polícias Civil, Militar, Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Secretaria de Segurança e a inteligência das Forças Armadas.
"Todos estão somando esforços para que a Justiça seja feita e para que esse bárbaro crime tenha a devida punição e que os responsáveis vão parar na cadeia. Essa é a nossa determinação. Pelo tempo que for necessário e ao custo que for necessário, nós vamos fazer Justiça à vereadora", disse.
Quando questionado por repórteres se achava que o crime poderia simbolizar algum fracasso na intervenção federal, Jungmann respondeu que "a intervenção nunca se propôs a fazer mágica". "A intervenção se propôs a trabalho, trabalho e trabalho. A intervenção, até aqui, tem procurado fortalecer e reestruturar as polícias", afirmou.
Vereadora Marielle Franco é assassinada a tiros no centro do Rio
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Vereadora Marielle Franco é assassinada a tiros no centro do Rio
Um policial trabalhana cena do crime onde a vereadora Marielle Franco foi morta a tiros no Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira, 14. Foto: Leo Correa/AP
Vereadora Marielle Franco é assassinada a tiros no centro do Rio
Mulheres choram no local onde a vereadora Marielle Franco foi morta a tiros no Rio de Janeiro na noite desta quarta-feira, 14. Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Vereadora Marielle Franco é assassinada a tiros no centro do Rio
Amigos e familiares choram no local onde a vereadora Marielle Franco foimorta a tiros no Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira, 14. Foto: Mauro Pimentel/AFP
Vereadora Marielle Franco é assassinada a tiros no centro do Rio
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) reage na cena do crime onde a vereadora Marielle Franco foi morta a tiros no Rio de Janeiro, na noite de qua... Foto: Ricardo Moraes/ReutersMais
Vereadora Marielle Franco é assassinada a tiros no centro do Rio
(ARQUIVO) Foto de arquivo de 21/02/2018 mostra a vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) durante sessão ordinária da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Foto: Renan Olaz/CMRJ
Vereadora Marielle Franco é assassinada a tiros no centro do Rio
Policiais civis transportam o carro da vereadora Marielle Franco, morta a tiros no Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira, 14. Foto: Mauro Pimentel/AFP