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MPF quer proibir reconstrução da Ciclovia Tim Maia

Procuradora afirma que é necessária uma nova licença ambiental para a reconstrução da via; desabamento matou 2

Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO - O Ministério Público Federal (MPF) impetrou nesta sexta-feira, 24, uma ação civil pública contra a Prefeitura do Rio de Janeiro, o consórcio Contemat/Concrejato e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea, órgão do governo estadual do Rio) para exigir a interrupção das obras de reconstrução do trecho da ciclovia Tim Maia que desabou em 21 de abril, matando duas pessoas, à margem da avenida Niemeyer, em São Conrado (zona sul).

A procuradora Zani Tobias de Souza afirma que é necessária uma nova licença ambiental para a reconstrução da ciclovia, além de apontar outros problemas da obra. Ela defende ainda que a ciclovia seja rediscutida por meio de audiências públicas. A procuradora pede ainda que a Justiça proíba o uso de toda a extensão da ciclovia até que ela seja rediscutida. A Justiça ainda não se manifestou sobre a ação proposta pelo MPF.

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Como a ciclovia fica ao redor do morro Dois Irmãos, área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a obra só pode continuar após manifestação desse órgão.

Outro problema elencado pelo MPF são falhas estruturais: “Há falhas gravíssimas na concepção estrutural da ciclovia Tim Maia, assim como desgaste prematuro do conjunto”, afirma a ação.

Reconstrução. As obras de reconstrução do trecho que desabou da ciclovia começaram neste mês e devem se estender por 60 dias. 

Ainda não notificada sobre a ação, a Prefeitura do Rio não comentou a iniciativa do MPF.