Mulher é morta a facadas horas depois de denunciar ex-companheiro
Débora Chaves chamou a polícia após ter sofrido ameaças; Nilton da Silva prestou depoimento, mas foi liberado porque, diz a polícia, não havia flagrante
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Por Clarissa Thomé
Atualização:
RIO - Débora Bittencourt Chaves, de 32 anos, foi morta nesta quinta-feira, 1º, a facadas na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro, horas depois de ter denunciado à polícia o ex-companheiro por ameaças. Nilton da Silva, de 27 anos, é o principal suspeito do crime. Ele chegou a prestar depoimento horas antes do crime, mas foi liberado.
Silva é ex-presidiário, usa tornozeleira eletrônica, mas não foi encontrado porque o equipamento estaria com defeito.
Débora já tinha uma medida protetiva expedida contra Silva. Na tarde de quinta-feira, ela chamou a polícia por ter sofrido ameaças. De acordo com a polícia, ele não ficou preso porque não havia flagrante.
Grafite em homenagem a Maria da Penha no centro de São Paulo
1 / 18Grafite em homenagem a Maria da Penha no centro de São Paulo
Arte de rua
Encomendado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o Projeto Arte Grafite é obra de Aleksandro Reis e dos artistas do Grupo Opni. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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O mural foi inaugurado após cerimônia do TJ-SP. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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A lei ganhou o nome emhomenagem a uma das tantas vítimas de agressão doméstica no País. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Maria da Penha foi agredida por Viveros diversas vezes e, em 1983, sofreu uma tentativa de assassinato. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Atualmente,tramitam no Congresso Nacional 89 propostas de parlamentares que visam a alterar a Lei Maria da Penha, que completou dez anos de promulgaçã... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
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Conforme informou o 'Estado',dos 268.894 casos de violência contra a mulher que chegaram ao TJ-SP entre 2011 e 2015, 42,8% (115.305) ainda estão em fa... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
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Um mural grafitado com o rosto de Maria da Penha foiinaugurado na região central de São Paulo. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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O grafite homenageia os 10 anos da lei que pune crimes de violência doméstica e leva o nome da ativista. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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O trabalho artístico foi feito em um muro na Rua Conde de Sarzedas, na esquina com a Praça João Mendes, na região da Sé. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Encomendado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o Projeto Arte Grafite é obra de Aleksandro Reis e dos artistas do Grupo Opni. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Encomendado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o Projeto Arte Grafite é obra de Aleksandro Reis e dos artistas do Grupo Opni. Foto: Divulgação
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Maria da Penha Fernandes, com 71 anos em 2016, é uma biofarmacêutica cearense, que foi casada com o professor universitário Marco Antonio Herredia Viv... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
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Ela lutou por justiça durante 19 anos e só teve sucesso quando levou a denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que acatou o caso... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
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Viveros foi preso somente em 2002 e, em 2006, foi criada a Lei 11340/06, que prevê mecanismos para coibir a violência doméstica contra a mulher, seja ... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
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Os projetos, 68 da Câmara e 21 do Senado, têm os mais diferentes teores: de penas mais duras a quem descumprir medidas protetivas concedidas às mulher... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
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De acordo com o tribunal, no período em que a Lei Maria da Penha está em vigor, chegaram em média 53 mil casos por ano. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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O número de medidas protetivas concedidas pelo TJ aumentou 9,5% de 2014 para 2015, alcançando 10.711 ações na capital paulista. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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A tendência é de que o número continue em alta, já que em 2016 o tribunal recebeu só da Polícia Civil 2.420 pedidos de medida protetiva, 50,3% a mais ... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
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À noite, ela estava no apartamento em que morava, na Rua Sargento João Lopes, em Jardim Carioca, na Ilha do Governador, quando foi atacada. Golpeada três vezes, não resistiu aos ferimentos. Depois do crime, a filha de 10 anos de Débora foi levado por Silva para a casa de parentes.
O caso está sob investigação da Divisão de Homicídios. A Polícia Civil informou que a Corregedoria abriu procedimento para investigar se houve alguma infração disciplinar na liberação de Silva, após prestar depoimento na 37ª Delegacia de Polícia (Ilha do Governador). De acordo com o delegado de plantão, não havia flagrante.