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Ex-namorado de vítima de estupro coletivo diz que crime é invenção

Lucas Duarte Santos, de 20 anos, vai sustentar em depoimento que menina teria criado história para justificar imagens publicadas na internet

Por Fernanda Nunes
Atualização:
Lucas Santos (de boné) teve um relacionamento com a vítima Foto: Wilton Junior/Estadão

RIO - Suspeito de ter participado do estupro coletivo de uma adolescente no Rio, Lucas Duarte Santos, de 20 anos, vai sustentar em seu depoimento à polícia que o crime, na verdade, não aconteceu. Seria uma invenção da menina para justificar imagens suas publicadas na internet frente aos pais, que são religiosos.

Esse será o argumento que Santos apresentará ao delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), quando for interrogado, nesta noite, segundo seu advogado, Eduardo Antunes. Santos está neste momento na DRCI, na Cidade da Polícia, zona norte do Rio. Segundo o advogado, ele teve um relacionamento com a adolescente no passado. 

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A versão é que, após participar de um baile funk, dois casais se reuniram em uma casa abandonada no Morro da Barão, na Praça Seca, zona oeste. A adolescente teria tido relações sexuais com Ray de Souza, de idade não revelada, que também está na DRCI para prestar depoimento. No mesmo local e momento, Santos teria tido relações com outra menina, de nome e idade não informados, também presente à delegacia nesta noite. 

O advogado afirma que os três teriam deixado a adolescente na casa e que não podem dizer se houve estupro em seguida. Antunes admite, no entanto, que Ray expôs foto da adolescente no Whatsapp. 

Versão da vítima. O estupro coletivo foi cometido por 33 bandidos envolvidos com o tráfico de drogas no Morro da Barão, afirmou a advogada Elisa Samy, que acompanhou a vítima em seu depoimento.

Ao Estado, Samy afirmou que a adolescente disse ter acordado no domingo sem reconhecer nenhum dos estupradores, que seriam todos ligados ao tráfico de drogas. Com isso, a adolescente isenta Lucas Santos de participação direta. "Ela acordou e contou 33 homens com armas, nenhum deles conhecido. Eram homens do tráfico", afirmou a advogada. 

A adolescente prestou depoimento na DRCI e deixou a Cidade da Polícia às 21h20, sem falar com os jornalistas. A advogada disse não saber se continuará no caso. Afirmou que se prontificou a ajudar no depoimento de hoje e que a família decidirá quem representará a adolescente daqui para a frente. 

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