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'Ninguém é obrigado', diz Crivella ao comentar ausência no carnaval

Prefeito não participou da entrega simbólica das chaves da Cidade ao Rei Momo e da abertura oficial dos desfiles da Sapucaí

Por Constança Rezende e Wilson Tosta
Atualização:
Os desfiles do Rio de Janeiro ficaram marcados por dois acidentes graves na avenida envolvendo carros alegóricos da unidos da Tijuca e Paraíso do Tuiuti.Leia mais Foto: Carlos Moraes/Estadão

RIO - O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), afirmou nesta quarta-feira, 1º, que no Rio ninguém deve ser  "obrigado a fazer nada", ao comentar pela primeira vez a sua ausência de eventos tradicionais do carnaval carioca de 2017, como a entrega simbólica das chaves da Cidade ao Rei Momo e a abertura oficial dos desfiles da Sapucaí. Foi a primeira vez, em 33 anos de Sambódromo,  em que o prefeito não participou dessas iniciativas, que ajudam a divulgar e promover a festa. Nem os quatro acidentes com 32 feridos fizeram Crivella ir à Passarela do Samba, que é da prefeitura.

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"Estamos tratando de um assunto que já está superado. Acho que cada um no Rio não deve ser obrigado a fazer nada. Tem uma agenda do prefeito que deve ser cumprida e que não necessariamente deve ser a agenda da imprensa", disse o prefeito, em solenidade comemorativa do aniversário da cidade. Na segunda-feira, 27, sem avisar à imprensa, Crivella visitou feridos no acidente com o carro da Paraíso do Tuiuti e postou uma mensagem no Facebook, elogiada por seguidores.

Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), o prefeito não se sentiria àvontade para presidir, como é a tradição do Sambódromo, um evento condenado pela denominaçãoreligiosa evangélica. Durante a campanha eleitoral, porém, Crivella negou que a religião fosse interferir em seu governo e prometeu "governar para as pessoas". Tambémconseguiu o apoio de sambistas. 

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