RIO - O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), afirmou nesta quarta-feira, 1º, que no Rio ninguém deve ser "obrigado a fazer nada", ao comentar pela primeira vez a sua ausência de eventos tradicionais do carnaval carioca de 2017, como a entrega simbólica das chaves da Cidade ao Rei Momo e a abertura oficial dos desfiles da Sapucaí. Foi a primeira vez, em 33 anos de Sambódromo, em que o prefeito não participou dessas iniciativas, que ajudam a divulgar e promover a festa. Nem os quatro acidentes com 32 feridos fizeram Crivella ir à Passarela do Samba, que é da prefeitura.
"Estamos tratando de um assunto que já está superado. Acho que cada um no Rio não deve ser obrigado a fazer nada. Tem uma agenda do prefeito que deve ser cumprida e que não necessariamente deve ser a agenda da imprensa", disse o prefeito, em solenidade comemorativa do aniversário da cidade. Na segunda-feira, 27, sem avisar à imprensa, Crivella visitou feridos no acidente com o carro da Paraíso do Tuiuti e postou uma mensagem no Facebook, elogiada por seguidores.
Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), o prefeito não se sentiria àvontade para presidir, como é a tradição do Sambódromo, um evento condenado pela denominaçãoreligiosa evangélica. Durante a campanha eleitoral, porém, Crivella negou que a religião fosse interferir em seu governo e prometeu "governar para as pessoas". Tambémconseguiu o apoio de sambistas.