PUBLICIDADE

Operação das Forças Armadas e da polícia deixa 26 mil alunos sem aula no Rio

Desde o início do ano, segundo a Secretaria Municipal de Educação, um em cada cinco estudantes da rede carioca foi afetado

Por Roberta Pennafort
Atualização:
Além das polícias e das Forças Armadas, operação envolve ainda Agência Brasileira de Inteligência Foto: Wilton Jr./Estadão

A operação das Forças Armadas e da polícia em sete favelas da zona norte do Rio nesta segunda-feira, 21, deixou 26.975 alunos sem aulas. Desde o início do ano, segundo a Secretaria Municipal de Educação, 143.474 foram afetados - um em cada cinco estudantes da rede carioca.

PUBLICIDADE

Medida tomada para evitar que crianças e funcionários sejam baleados em caso de confronto, o fechamento de escolas e creches já é praxe em favelas do Rio, mas o número desta segunda bateu o recorde de 2017 em termos de população prejudicada.

O ano letivo começou no dia 2 de fevereiro e, dos 122 dias de aulas, em apenas oito não houve fechamento de unidade em decorrência da violência. Nesta segunda, 41 escolas, 11 creches e 12 Espaços de Desenvolvimento Infantil da Prefeitura não abriram. 

As duas áreas mais atingidas foram o Complexo do Alemão, com 9.615 alunos em casa, e Manguinhos/Benfica, com 5685. Desde fevereiro, foram 407 unidades de ensino fechadas por pelo menos um dia.

A iniciativa de suspender as atividades escolares se baseia numa resolução de 2010, que diz que em situações de conflito cabe à direção da escola cancelar as aulas. A resolução vem sendo revista porque os diretores não querem ficar com tamanha responsabilidade, segundo a secretaria. Um manual com diretrizes sobre o assunto está sendo formulado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.